Ataques aéreos russos na Ucrânia fazem 24 mortos. Atingido hospital pediátrico em Kiev

Os ataques russos atingiram Kiev e as cidades de Dnipro, Kryvyi Rih, Slovyansk e Kramatorsk. Mais de 40 mísseis terão sido lançados, segundo Zelensky.

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Um hospital para crianças em Kiev foi um dos alvos atingidos pelos mísseis russos Gleb Garanich / REUTERS

Pelo menos 24 pessoas foram mortas esta segunda-feira em ataques aéreos russos a várias cidades da Ucrânia, segundo fontes oficiais citadas pela BBC. Só na capital, Kiev, que também foi atingida pelos mísseis, morreram dez pessoas, de acordo com as autoridades locais. Num dos ataques foi atingido um hospital pediátrico.

Segundo o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, citado pela Reuters, este foi “um dos piores ataques” desde o início da guerra. Os maiores danos parecem ter sido causados no hospital pediátrico de Okhmadyt, onde há pessoas debaixo dos escombros a aguardar resgate.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou na rede social X que tinham sido disparados “mais de 40 mísseis de vários tipos”, que atingiram e danificaram “edifícios de apartamentos, infra-estruturas e um hospital para crianças”. "Nesta altura, todos estão a tentar retirar os escombros, [tanto] médicos [como] pessoas comuns", disse Zelensky, referindo-se ao hospital Okhmadyt.

Segundo Zelensky, para além de Kiev, foram atingidas as cidades de Dnipro, Kryvyi Rih (a cidade-natal de Zelensky), Sloviansk e Kramatorsk, ambas no Donbass.

O líder da administração militar na cidade de Kryvyi Rih, Oleksandr Vilkul, afirmou que pelo menos dez pessoas tinham sido mortas e 31 pessoas foram feridas no ataque à cidade, escreveu na rede social Telegram.

Outras três pessoas morreram em Pokrovsk e uma em Dnipro, de acordo com o balanço mais recente.

Há vários meses que a Rússia leva a cabo ataques aéreos contra alvos em toda a Ucrânia, geralmente visando a infra-estrutura energética, mas por vezes atingindo igualmente áreas residenciais no centro das cidades. Moscovo garante que não ataca propositadamente locais civis, embora considere, por exemplo, a rede energética ucraniana um alvo militar legítimo.

Os constantes ataques aéreos russos têm sido dados como exemplo pelas autoridades ucranianas para pressionar os seus aliados a reforçarem o apoio militar para Kiev. "As nossas capacidades de defesa continuam a ser insuficientes, precisamos de mais sistemas de defesa aérea", afirmou esta segunda-feira o ministro da Defesa, Rustem Umerov, nas vésperas da cimeira da NATO em que a ajuda militar à Ucrânia será um dos temas em cima da mesa.

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