Ataque israelita mata 16 pessoas em escola. Militares dizem que o alvo era o Hamas

O ataque à escola de Al-Nuseirat provocou ainda mais de 50 feridos, segundo o Ministério da Saúde palestiniano. O Hamas negou que os seus militantes estivessem no local.

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"Viemos aqui a correr para ver a zona atingida, vimos corpos de crianças, em pedaços, isto é um parque infantil, havia aqui um trampolim, havia baloiços e comerciantes", disse uma testemunha HAITHAM IMAD / EPA
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"Viemos aqui a correr para ver a zona atingida, vimos corpos de crianças, em pedaços, isto é um parque infantil, havia aqui um trampolim, havia baloiços e comerciantes", disse uma testemunha HAITHAM IMAD / EPA
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"Viemos aqui a correr para ver a zona atingida, vimos corpos de crianças, em pedaços, isto é um parque infantil, havia aqui um trampolim, havia baloiços e comerciantes", disse uma testemunha Ramadan Abed / REUTERS
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"Viemos aqui a correr para ver a zona atingida, vimos corpos de crianças, em pedaços, isto é um parque infantil, havia aqui um trampolim, havia baloiços e comerciantes", disse uma testemunha HAITHAM IMAD / EPA
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Pelo menos 16 pessoas foram mortas este sábado, 6 de Julho, num ataque israelita a uma escola que albergava famílias palestinianas deslocadas no centro de Gaza, informou o Ministério da Saúde palestiniano, num ataque que Israel disse ter o Hamas como alvo.

O Ministério da Saúde palestiniano afirmou que o ataque à escola de Al-Nuseirat matou pelo menos 16 pessoas e provocou mais de 50 feridos.

O exército israelita afirmou ter tomado precauções para minimizar os riscos para os civis antes de atacar os membros do Hamas que utilizavam a zona como esconderijo para planear e executar ataques contra soldados israelitas. O Hamas negou que os seus combatentes estivessem no local.

No local, Ayman al-Atouneh disse ter visto crianças entre os mortos. "Viemos aqui a correr para ver a zona atingida, vimos corpos de crianças, em pedaços, isto é um parque infantil, havia aqui um trampolim, havia baloiços e comerciantes", disse.

Mahmoud Basal, porta-voz do Serviço Civil de Emergência de Gaza, disse, em comunicado, que o número de mortos pode ainda aumentar porque muitos dos feridos estavam em estado crítico.

O ataque significa que nenhum lugar em Gaza é seguro para as famílias que deixaram as suas casas para procurar abrigo, disse.

Al-Nuseirat, um dos oito campos de refugiados históricos da Faixa de Gaza, foi palco de um bombardeamento israelita intensificado este sábado. Um ataque aéreo numa casa no campo matou pelo menos 10 pessoas e feriu muitas outras, segundo os médicos.

Na actualização diária das pessoas mortas na guerra, o Ministério da Saúde de Gaza afirmou que os ataques militares israelitas mataram pelo menos 29 palestinianos nas últimas 24 horas e feriram outras 100.

Entre os mortos em ataques aéreos distintos, este sábado, contam-se cinco jornalistas locais, elevando para 158 o número de jornalistas mortos desde 7 de Outubro, segundo o gabinete de imprensa do governo de Gaza, liderado pelo Hamas.

Ataques militares israelitas mataram pelo menos 29 palestinianos nas últimas 24 horas e feriram outras 100, afirma o Ministério da Saúde palestiniano HAITHAM IMAD/EPA
Ataques militares israelitas mataram pelo menos 29 palestinianos nas últimas 24 horas e feriram outras 100, afirma o Ministério da Saúde palestiniano Ramadan Abed/REUTERS
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Ataques militares israelitas mataram pelo menos 29 palestinianos nas últimas 24 horas e feriram outras 100, afirma o Ministério da Saúde palestiniano Ramadan Abed/REUTERS
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Ataques militares israelitas mataram pelo menos 29 palestinianos nas últimas 24 horas e feriram outras 100, afirma o Ministério da Saúde palestiniano HAITHAM IMAD/EPA

As autoridades sanitárias de Gaza afirmam que mais de 38 mil palestinianos foram mortos pela ofensiva israelita. O Ministério da Saúde palestiniano não faz distinção entre combatentes e não combatentes, mas as autoridades dizem que a maioria dos mortos são civis. Israel perdeu 323 soldados em Gaza e afirma que pelo menos um terço dos palestinianos mortos são combatentes.

Israel intensificou as incursões em Rafah

As forças israelitas, que intensificaram as suas incursões em Rafah, no sul do enclave, perto da fronteira com o Egipto, mataram quatro polícias palestinianos e feriram outros oito, num ataque aéreo ao veículo em que se encontravam, segundo as autoridades de saúde.

Segundo um comunicado do Ministério do Interior, dirigido pelo Hamas, entre os quatro encontrava-se Fares Abdel-Al, chefe da força policial do bairro de Tel Al-Sultan, na zona ocidental de Rafah.

Os militares israelitas afirmaram que as forças continuaram as operações em Rafah, destruíram várias estruturas subterrâneas, apreenderam armas e equipamento e mataram vários atiradores palestinianos.

Israel declarou que as suas operações em Rafah têm por objectivo erradicar os últimos batalhões do braço armado do Hamas.

As forças armadas israelitas afirmaram ter eliminado uma célula de mísseis do Hamas em Deir Al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, que operava a partir do interior de um corredor humanitário. O exército israelita afirmou ter efectuado um ataque preciso após ter tomado medidas para garantir que os civis não fossem feridos.

Os braços armados do Hamas e da Jihad Islâmica afirmaram que os combatentes atacaram as forças israelitas em várias zonas de Gaza com foguetes anti-tanque e morteiros.

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