Ministra da Saúde reage a greve dos médicos: “Há sempre margem para negociar”

A Fnam anunciou esta sexta-feira, 5, uma greve geral para 23 e 24 de Julho, alegando que o Governo pretendia iniciar as negociações sobre as grelhas salariais apenas em 2025.

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A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, falou aos jornalistas no final da cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Ordem dos Médicos Dentistas ANTÓNIO COTRIM / LUSA
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A ministra da Saúde reagiu este sábado, 6 de Julho, ao anúncio de greve da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) dizendo que "há sempre margem para negociar com as profissões" e que o Governo tem "a porta completamente aberta".

Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Ordem dos Médicos Dentistas, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, Ana Paula Martins adiantou ainda que "as reuniões [com os sindicatos dos médicos] decorreram muito bem" e que, por isso, o Governo está "com muita esperança nestas negociações".

A Fnam anunciou esta sexta-feira, 5, uma greve geral para 23 e 24 de Julho, alegando que o Governo pretendia iniciar as negociações sobre as grelhas salariais apenas em 2025.

Entre as reivindicações da Fnam consta a reposição do período normal de trabalho semanal de 35 horas e a actualização da grelha salarial, a integração dos médicos internos na categoria de ingresso na carreira médica e a reposição dos 25 dias úteis de férias por ano e de cinco dias suplementares de férias se gozadas fora da época alta.

Na quarta-feira, o Sindicato Independente do Médicos (SIM) chegou a acordo com o Governo sobre o protocolo negocial, definindo o calendário e as matérias a negociar, que incluem as grelhas salariais, condição prévia para avançar com as negociações.

Questionada sobre a actualidade no sector da saúde, nomeadamente a situação no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a ministra escusou-se a fazer comentários.

"Não vou falar sobre esses temas", afastou, optando por sublinhar o "reconhecimento aos médicos dentistas", que "fazem um trabalho muito importante há décadas e décadas, sem haver, de facto, de forma consistente um plano de saúde oral".

Ana Paula Martins reafirmou o compromisso, que consta do Programa de Governo (PSD/CDS-PP), de estabelecer esse plano 2020-2030 de "uma forma realista e rápida".

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