Federação dos médicos avança com greve nacional a 23 e 24 de Julho

“O Ministério da Saúde recusou assinar um protocolo negocial e acaba por empurrar os médicos para outras medidas de luta como a greve”, adiantou à agência Lusa a presidente da Fnam.

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Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos Matilde Fieschi
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A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) anunciou esta sexta-feira uma greve geral para 23 e 24 de Julho, alegando que o Governo pretendia iniciar as negociações sobre as grelhas salariais apenas em 2025.

"O Ministério da Saúde recusou assinar um protocolo negocial e acaba por empurrar os médicos para outras medidas de luta como a greve", adiantou à agência Lusa a presidente da Fnam, após a reunião com o Ministério da Saúde.

Segundo Joana Bordalo e Sá, além desta paralisação nacional de dois dias, será também marcada uma greve ao trabalho extraordinário nos cuidados de saúde primários durante este mês, com a estrutura sindical a apelar ainda aos médicos que avancem com as minutas de indisponibilidade para o trabalho suplementar para além dos limites legais.

"A decisão está tomada e o pré-aviso vai ser emitido", assegurou a dirigente sindical, para quem a negociação das grelhas salariais é prioritária e tinha de estar concluída até Setembro para ficar contemplada no Orçamento do Estado para o próximo ano.