Dick Schoof tomou posse como novo primeiro-ministro dos Países Baixos

O novo governo, liderado pelo partido da direita radical PVV, tomou posse nesta terça-feira numa cerimónia com o rei dos Países Baixos, Willem-Alexander.

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O novo governo tomou posse depois de uma audiência com o rei dos Países Baixos, Willem-Alexander ROBIN VAN LONKHUIJSEN / EPA
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Dick Schoof foi empossado nesta terça-feira como novo primeiro-ministro dos Países Baixos numa cerimónia oficial com o rei neerlandês Willem-Alexander, no palácio real em Haia.

Schoof liderará um governo de coligação de direita em que predominará o partido de direita radical anti-Islão Partido para a Liberdade (PVV), liderado por Geert Wilders, e na qual se incluem ministros do liberal Partido Popular para a Liberdade e a Democracia (VVD), do partido de centro-direita Novo Contrato Social (NSC) e do partido de protesto dos agricultores conhecido pela sigla BBB.

Wilders, líder controverso do PVV pelas suas posições anti-Islão, não fará parte do governo, após o seu nome ter sido rejeitado pelos partidos parceiros da coligação nas negociações para decidir a formação e composição de um novo Governo.

As longas negociações culminaram na escolha de Schoof, um ex-chefe de segurança e dos serviços de espionagem sem qualquer experiência em cargos políticos que foi membro do Partido Trabalhista (PvdA), partido de centro-esquerda, até 2021. Actualmente, Schoof não está filiado em qualquer partido.

Schoof prometeu endurecer a posição do Governo face à imigração no país, prometendo implementar de forma "decisiva" aquela que será "a mais rigorosa política de admissão de sempre em matéria de asilo e o pacote mais completo para controlar a migração", segundo a Euronews.

O novo governo será composto por cinco ministros do PVV, quatro do VVD, quatro do NSC, dois do BBB. Vários membros do governo pertencentes ao PVV apoiaram teorias da conspiração, incluindo a ministra para a Imigração, Marjolein Faberem, afirmando que o anterior governo estaria activamente a substituir a população por imigrantes, segundo a Reuters.

No entanto, de acordo com o jornal britânico The Guardian, a ministra retratou-se em relação ao termo "substituição populacional" num debate na semana passada, por considerar que o termo tinha "conotações terríveis", embora tenha afirmado durante uma audiência parlamentar aos potenciais novos ministros que "o facto é que a demografia dos Países Baixos está a mudar".

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