Em Setúbal, Tody é também nome de garrafeira

A decana Garrafeira Tody é um nome incontornável em Setúbal quando se trata de procurar os melhores vinhos da região. Diversidade é palavra de ordem nesta casa que guarda “cerca de 3 mil” referências.

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“Há 15 anos, tinha de fazer frente de montra com os mesmos vinhos”, diz o proprietário, Filipe Magalhães. “Hoje em dia só faz vinho mau quem quer.” Marisa Cardoso
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A Garrafeira Tody foi fundada em 1985 e está nas mãos de Filipe Magalhães desde 2010. Marisa Cardoso
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Há cidades em que é preciso procurar muito até encontrar uma boa garrafeira. Não é o caso de Setúbal. Basta deslocarmo-nos à Avenida Luísa Todi para encontrar três espaços especializados. A loja da Casa da Baía no número 468, o Mercado do Vinho de Setúbal no 115 e a garrafeira Tody no 239.

Centremo-nos nesta última. Está lá desde 1985, e nas mãos de Filipe Magalhães desde 2010, se bem que a sua ligação à casa seja mais antiga. “Trabalhava na distribuição da Compal, quando, por volta de 2000, o dono me convidou para vir para aqui. Mais tarde ele propôs-me sociedade até que, com o tempo, acabei por fazer a aquisição total.”

Uma história de sucesso que foi resultado da visão e da ambição dos diferentes proprietários, mas também o reflexo de um mercado que deu um salto qualitativo, como o próprio Filipe faz questão de vincar. “Há 15 anos, tinha de fazer frente de montra com os mesmos vinhos. Não havia qualidade nem diversidade suficientes.” Hoje em dia são tantas as referências que já perdeu a conta a todas as que tem na casa. “Cerca de 3 mil”, diz, depois de uma conta rápida.

Como não poderia deixar de ser, o Moscatel — o Moscatel de Setúbal e o Moscatel Roxo de Setúbal — está em lugar de destaque, logo à entrada. Mas não apenas porque é a prata da terra. “O nosso Moscatel deveria ser ainda mais divulgado e conhecido. Tem muita qualidade”, introduz, num elogio que estende aos vinhos da Península. Os nossos vinhos melhoraram muito. O castelão tem sido muito bem trabalhado. Hoje em dia só faz vinho mau quem quer.”

Tal como aqui só não será bem aconselhado quem não quiser, uma vez que Filipe está sempre pronto para sugerir a garrafa certa, “embora sem forçar nada”. Além dos vinhos, há espaço para o whisky, gin, licores, bebidas generosas e espirituosas e ainda produtos como mel ou azeite.

Uma fórmula vencedora que levou mesmo a que abrissem uma nova garrafeira de raiz, em 2016, o já referido Mercado do Vinho de Setúbal — este gerido pela mulher de Filipe. É lá que fazem algumas provas e jantares vínicos. E não poderão estes espaços canibalizar-se um ao outro? Pelos vistos, não.

Garrafeira Tody, em Setúbal Marisa Cardoso
Garrafeira Tody, em Setúbal Marisa Cardoso
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Garrafeira Tody, em Setúbal Marisa Cardoso

Este artigo foi publicado no n.º 7 da revista Solo.

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