Norte-americanos dão o principal impulso para a subida do turismo

Os EUA foram responsáveis por 22% da subida das dormidas e de turistas estrangeiros que se registou entre Janeiro e Maio. Em Maio, os norte-americanos ficaram na terceira posição, acima da França.

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Em Maio, “todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas”, diz o INE Rui Gaudêncio
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O número de turistas e de dormidas de estrangeiros voltou a subir em Maio e nos primeiros cinco meses do ano face a 2023, com o principal contributo a ter origem no mercado norte-americano.

De acordo com a estimativa rápida da actividade turística publicada nesta sexta-feira pelo INE, os EUA foram responsáveis por 22% da subida das dormidas e do número de turistas estrangeiros que se registou entre Janeiro e Maio. Dos 487,4 mil novos visitantes, 106,4 mil tiveram os EUA como ponto de origem.

Ao todo, houve 6,9 milhões de turistas estrangeiros em Portugal nos primeiros cinco meses do ano, mais 7,6% face a idêntico período do ano passado (5,9% em termos de dormidas). Os residentes também subiram, mas com uma variação menor, de 1,9% (0,9% em dormidas), para 4,4 milhões.

No mês de Maio, que veio confirmar a tendência de crescimento do sector (o número de hóspedes subiu 9,4% para 3,1 milhões, dos quais dois milhões foram estrangeiros, tendo as dormidas crescido a um ritmo mais baixo, de 7,5%), o mercado norte-americano assumiu-se como o terceiro maior nas dormidas, com um aumento de 17,3%, para 585 mil.

Este valor, que representou uma quota de mercado de 10,1%, superou o do mercado francês (peso de 9,2%) que, conforme nota o INE, foi “um dos poucos, entre os principais, a apresentar decréscimo (-1,8%)”. Na primeira e segunda posições ficaram o Reino Unido e a Alemanha, respectivamente. Olhando para o número de visitantes, os EUA passam para o segundo lugar do ranking tanto em Maio (263,6 mil), como nos primeiros cinco meses do ano (779,7 mil).

“No grupo dos dez principais mercados emissores, destacaram-se ainda os mercados espanhol e canadiano (quotas de 7,0% e 3,2%, respectivamente) pelos crescimentos mais significativos, +22,5% e +18,2%, pela mesma ordem”, realça o INE, referindo também que o mercado brasileiro (quota de 4,5%) foi o que mais decresceu (-2,1%)”.

De acordo com o INE, no mês de Maio, “todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas”. As maiores subidas foram no Alentejo (+18%) e nos Açores (+17,6%), “enquanto os crescimentos mais modestos se registaram no Algarve (+5,2%), Madeira (+5,6%) e Grande Lisboa (+5,7%)”.

A estada média dos não residentes, diz o INE, “foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões”, com a Madeira a registar “as estadas médias mais prolongadas, quer dos residentes (2,87 noites) quer dos não residentes (4,73 noites)”.

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