Peter Copping é o novo director criativo da Lanvin, mas ainda sem data de estreia

“Sinto-me extremamente honrado por ter sido escolhido como director artístico da Lanvin e por poder, juntamente com o atelier e as equipas, escrever o próximo capítulo”, celebra o designer britânico.

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Peter Copping é britânico e tem 57 anos Instagram/Lanvin
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A Lanvin acaba de nomear Peter Copping como o novo director criativo. A partir de Setembro, será o criador britânico, de 57 anos, a assinar as colecções femininas e masculinas da mais antiga casa francesa, anunciou a etiqueta nesta quinta-feira. “Jeanne Lanvin foi uma visionária do seu tempo cujos interesses e paixões iam muito para além da moda, tal como os meus”, celebra o designer.

“Sinto-me extremamente honrado por ter sido escolhido como director artístico da Lanvin e por poder, juntamente com o atelier e as equipas, escrever o próximo capítulo desta casa icónica”, declara ainda Peter Copping, no comunicado divulgado pela casa francesa, que tem estado sem direcção criativa desde Abril de 2023, quando saiu Bruno Sialleli.

O CEO da Lanvin, Siddhartha Shukla, destaca a chegada de Copping como “um marco importante” para a histórica marca, fundada em 1889 — a casa francesa há mais tempo em actividade interrupta. “Estou confiante de que, com a visão e o rigor técnico de Peter e a perseverança contínua das nossas equipas a nível mundial, vamos traçar uma nova fronteira na moda e proporcionar beleza e resultados em igual medida”, cita o Business of Fashion.

Desde 2021 que Siddhartha Shukla tem tentado relançar a marca com foco na sofisticação francesa, mas o grupo tem sido abalado por alguma instabilidade, não só criativa, como nos quadros financeiros. Desde que foi vendida ao grupo chinês Fosun, em 2018, a Lanvin já teve três directores criativos: Bouchra Jarrar, Olivier Lapidus e Bruno Sialleli.

Aliás, desde 2015, ano em que o muito aclamado Alber Elbaz deixou a Lanvin, que a liderança criativa tem enfrentado dificuldades. Espera-se, assim, que Peter Copping seja a estabilidade que a casa precisa para regressar à passerelle, até porque o criador britânico não é um total estranho à assinatura deixada por Jeanne Lanvin.

Peter Copping foi um dos pupilos de Oscar de la Renta, que tinha sido treinado na Lanvin e na Balenciaga nos anos 1960, antes de fundar a sua própria casa de moda em Nova Iorque. O britânico foi escolhido pelo próprio De la Renta para o substituir quando o criador dominicano morreu, em 2014.

Antes disso, Copping, que estudou na Central Saint Martins, em Londres, tinha passado pela Louis Vuitton, onde trabalhou com Marc Jacobs, entre 1997 e 2009. Logo de seguida, foi director criativo da Nina Ricci, até 2014. Além de criador de moda, é também designer de interiores.

Com a nomeação para a Lanvin, Peter Copping deixa a Balenciaga, onde tem estado desde 2021 como director de alta-costura ao lado do polémico Demna Gvasalia. A sua abordagem de alta-costura nunca foi consensual, numa tentativa de cruzar o grunge de Gvasalia com o inventivo legado de Cristóbal Balenciaga, conhecido pelas silhuetas românticas peculiares. Foi ele o responsável por vestir Michelle Yeoh e Carrey Mulligan nos Óscares deste ano.

Resta saber qual será a abordagem a seguir na Lanvin. Apesar de assumir a liderança criativa em Setembro, a marca já fez saber que não participará na edição desse mês da Semana da Moda de Paris, sem adiantar quando acontecerá a estreia de Copping na passerelle.

Os últimos meses têm sido particularmente turbulentos na moda, com várias partidas em casas de moda de renome. Virginie Viard anunciou a saída da Chanel e nem marcou presença no seu último desfile na Semana da alta-costura. Em Itália, Pierpaolo Piccoli deixou a Valentino e foi rapidamente substituído por Alessandro Michele.

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