Terras de Mogadouro foi o grande vencedor do Concurso de Vinhos de Trás-os-Montes

O Terras de Mogadouro, da sub-região do Planalto Mirandês, foi o mais medalhado no concurso que avaliou 130 vinhos de Trás-os-Montes, com um número crescente de novos produtores a participar.

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Os produtores mais medalhados no último Concurso de Vinhos de Trás-os-Montes foram Rute Gonçalves e Cristiano Pires, da Terras de Mogadouro Nelson Garrido
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A entrega de prémios da 13.ª edição do Concurso de Vinhos de Trás-os-Montes aconteceu na sexta-feira, 21 de Junho, numa cerimónia em Chaves. Organizado pela Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM), o concurso avaliou em provas cegas 130 vinhos de 38 produtores da região. O Terras de Mogadouro, projecto da Wine Indigenus, da sub-região do Planalto Mirandês, foi o mais medalhado, com uma distinção Prestígio, a mais alta, e nove de Ouro.

Ao Terroir, Francisco Ataíde Pavão, presidente da CVRTM, a entidade organizadora, salienta as “pontuações extremamente elevadas” atribuídas este ano aos vinhos em concurso, com duas distinções Prestígio, um prémio Imagem e 42 Medalhas de Ouro. “Claramente, nota-se aqui um predomínio de castas autóctones nos vinhos que ganharam medalhas e uma grande diversidade de produtores”, afirma. “Há cada vez mais novos produtores a participar e a ganhar medalhas e isso nota-se na qualidade nos vinhos. É um esforço enorme de produtores, das cooperativas e dos viticultores. Estamos a falar de uma região que não tem capacidade para produzir em quantidade, mas tem extraordinárias condições para produzir em qualidade.”

O júri do concurso, constituído por 15 provadores e presidido por Eduardo Abade, distinguiu com o Prémio Prestígio os vinhos Quinta do Castelo Chaves Grande Reserva Branco 2021 e o Terras de Mogadouro Reserva Tinto 2016. “Há vinhos premiados de todas as sub-regiões”, reforça Francisco Ataíde Pavão. No entanto, “o domínio este ano foi do Terras de Mogadouro, o que ganhou mais medalhas”, continua. “É [um projecto] de um jovem casal que voltou à terra e se apaixonou pela vinha e pelo vinho”, descreve.

O projecto de Terras de Mogadouro, da Wine Indigenus, empresa de Cristiano Pires, ganhou também nove Medalhas de Ouro com cinco vinhos tintos e quatro brancos distinguidos. Já o produtor vencedor do prémio Prestígio na categoria Tinto, o Quinta do Castelo, em Chaves, de Lino Marçal, é um estreante no concurso. “Nunca têm sido os mesmos produtores a ganhar prémios, o que mostra que a qualidade dos vinhos está a crescer”, afirma o presidente da CVRTM. Também o número de referências a concurso cresceu este ano, com 130, um recorde.

Francisco Ataíde Pavão destaca ainda as três medalhas de Ouro conseguidas pela Adega Cooperativa do Rabaçal com o Seixedo Reserva Tinto 2018, o Encostas do Trogão Branco 2023 e o Encostas do Trogão Reserva Tinto 2018, todos galardoados. “É uma cooperativa que representa centenas de viticultores e para nós é uma distinção importante”, comenta o presidente da CVRTM.

O concurso atribuiu também o prémio Imagem ao Flor do Tua Reserva Tinto 2022, distinguido pelo design do rótulo e da garrafa.

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