A Sérvia prolongou a banalidade e vai para casa no Euro 2024

Esta é sempre uma selecção que faz arregalar os olhos, pelos nomes que tem, mas que depois nada faz, parecendo mais um grupo de amigos do que uma equipa de futebol. A Dinamarca segue em frente.

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Sérvia e Dinamarca em duelo no Euro 2024 Fiona Noever / REUTERS
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Caos defensivo, estratégia desadequada aos jogadores, pouca capacidade de criar lances de perigo, futebol rudimentar e desnorte emocional. Foi disto que se fez o percurso da Sérvia no Euro 2024, que terminou nesta terça-feira com a eliminação na prova, depois do empate (0-0) frente à Dinamarca.

Esta é sempre uma selecção que faz arregalar os olhos, pelos nomes que tem, mas que depois nada faz como colectivo, parecendo mais um grupo de amigos talentosos do que uma equipa de futebol.

Já os dinamarqueses sabiam que o empate lhes valeria o bilhete para os oitavos-de-final, mesmo que como um dos melhores terceiros classificados, e jogaram com isso nesta partida, numa segunda parte de menor fulgor ofensivo.

Em Munique, a primeira parte foi globalmente aborrecida, com a Sérvia a fechar-se num 5x4x1 muito compacto e com um médio a mais do que o habitual – neste jogo, não estiveram Vlahovic, Tadic e Milinkovic-Savic.

A ideia permitiu ter referências de marcação mais fáceis de identificar, mas também levou a partida para um jogo de pares. A Dinamarca foi mais sagaz a identificar isso e a partir da meia hora fez recuar um médio.

Esse médio, junto aos três centrais, atraía a pressão de um médio sérvio e isso abria espaço dentro do bloco adversário. Foi aí que começaram a entrar bolas entre linhas.

Aos 39’, essa opção deu frutos: um médio pediu mais baixo, a bola vertical entrou entre linhas e foi criado desequilíbrio para remate de Wind por cima, em boa posição.

Ninguém diria, pela postura da Sérvia, que se tratava de uma equipa a precisar de vencer.

Na segunda parte a equipa balcânica chegou-se à frente, com uma pressão bastante mais alta e com mais jogo directo à procura de ataque à profundidade ou de segundas bolas. E tiveram um golo anulado por fora-de-jogo num lance desse tipo.

O futebol sérvio era algo rudimentar, como tem sido sempre neste Europeu, e a dada altura já tinham os “tanques” todos na frente, à espera do “chuveirinho”. O problema é que nem nessa “arte” a equipa sérvia era competente.

Foram quase nulos os lances de perigo e tudo acabou como começou.

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