Cartas ao director

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O caso das gémeas e a comissão de inquérito

Demasiadas situações suspeitas de irregularidades têm ocorrido em Portugal, onde as influências do poder político têm procurado interferir nas mesmas, e onde os cidadãos acabam na maioria das vezes por desconhecer os factos que deram origem às mesmas, desconhecendo também a verdade sobre determinadas situações.

Num país onde as novelas e o futebol dominam a atenção dos cidadãos e desviam as atenções dos reais problemas do país, alguma classe política procura marcar a posição na sua agenda mediática chamando a atenção através da criação de comissões de inquérito, cujo resultado final alimenta apenas o ego daqueles aos quais se pede empenho naquilo que realmente importa.

Sabendo o comum dos cidadãos da existência de influência no tratamento das crianças e cujos envolvidos estão identificados, o apuramento de responsabilidades deveria servir apenas para chamar à razão os intervenientes, prevenir a ocorrência de situações futuras e não expor uma mãe que já sofre com o sofrimento dos filhos a uma comissão de inquérito que não acrescenta nada ao país.

Américo Lourenço, Sines

Protecção de "fugas" de dados

Foram "oferecidas" escutas de António Costa à comunicação social com o objectivo de denegrir a sua imagem política e pessoal. Um presente que a comunicação social não hesitou em usar, independentemente de ser correcto, ético ou mesmo legal. Sabemos que é crime divulgar qualquer tipo de matéria sob segredo de justiça. Sabemos também que foi aberto um inquérito para encontrar os culpados, como é sempre que há fugas de informação. Porque é que esse inquérito não abrange a CNN?

Porque é que os inquéritos visam apenas quem "vende" a informação e não quem a "compra" e difunde? Porque é que quem partilha e divulga matéria sob segredo de justiça, dados pessoais que deveriam estar protegidos, permanece num altar de impunidade? Se ninguém "pagasse" por estas informações e ninguém as partilhasse, continuaria a haver fugas de informação? Sabemos que são tão culpados os activos como os passivos e que, nestes casos, até são ambos bastante activos. Parece-me uma reforma fácil de fazer.

João Ribeiro, Carregado

Inquirição ou Inquisição

O processo actual de se fazerem "inquirições" sobre tudo e nada coloca Portugal nos tempos de "Inquisição", para dar palco a uma facção política que não tem limites para atingir os seus fins políticos. É uma vergonha o que se está a passar. A Assembleia da República não decide nada sobre o futuro dos portugueses mas averigua tudo o que foi feito para condenar quem mandou fazer. Só não investigam o Ministério Público porque é o principal municiador dos "inquiridores". Já não há políticos responsáveis assumidos, sem medo de enfrentar os carrascos da democracia, aceitando de ânimo leve e levianamente a formação das tais "comissões de inquérito". Um dia chegará a vez de serem inquiridos os submissos, triunfando os carrascos. Agora temos o Ministério Público n.º 1, mais o Partido XPTO que um dia vão subjugar a maioria da população portuguesa. E já agora, porque não se investigam os partidos políticos pelos processos utilizados na escolha dos candidatos a deputados da nação? Não será a grande maioria por cunha? Ou esta cunha não é "tráfico de influências"? Olhem-se ao espelho.

Rui Pereira, Porto

Os malditos da nação

Chegou o momento de se pôr cobro a tanto roubo "instituído". Mas é extremamente difícil bani-lo do rincão, onde a "cunha" é o "pistolão" – depende do calibre – usado na língua portuguesa de outro continente. A dimensão da "cunha" tem uma amplitude ilimitada.

Agora, uns quantos "iluminados" deram a conhecer uma proposta, a fim de ser drasticamente combatida a corrupção, o tráfico de influências e seus derivados. O que está em mente é conceber-se legalmente um "mecanismo alargado de penhora de bens" de muitos malfeitores. Vamos a ver quando irá para diante ou quantas "cunhas" serão usadas para entravar um processo, que nos conduza a uma espécie de "mãos limpas".

José Amaral, Vila Nova de Gaia

Afinal Portugal não é só futebol

A natação em Portugal está de parabéns pela conquista da medalha de ouro nos 200 metros costas no Campeonato da Europa de piscina longa, que se está a realizar em Belgrado, capital da Sérvia. A nadadora portuguesa Camila Rebelo conquistou a medalha de ouro, feito inédito na modalidade em Portugal. Parabéns Camila Rebelo. Afinal, Portugal não é só futebol.

Mário da Silva Jesus, Codivel

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