Governo poderá gastar 250 milhões para aumentar primeiras consultas nos hospitais

Em Abril, 454.528 mil doentes inscritos na lista para uma consulta de especialidade tinham ultrapassado os tempos de espera recomendados. Pacote de incentivos deverá ter início no final de Agosto.

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Segundo a informação do Plano de Emergência, as especialidades onde existem mais dificuldades em responder a tempo aos pedidos de consulta são oftalmologia, ortopedia e dermatologia Manuel Roberto
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Em Abril, 454.528 mil doentes inscritos na lista de espera para uma consulta de especialidade tinham ultrapassado os tempos máximos de resposta garantidos (TMRG), contabilizou o Governo no plano de emergência para a saúde, que apresentou no final de Maio. Eram “aproximadamente 51%” do total de inscritos, salientava-se no documento, que estabeleceu as linhas gerais do pacote que está a ser preparado para aumentar o número de primeiras consultas.

Uma das soluções é o pagamento de incentivos, à semelhança do que está a ser feito para as cirurgias, nomeadamente oncológicas. O Expresso revela, na edição desta sexta-feira, que o valor global desta medida deverá ficar “próximo dos 250 milhões” de euros.

O valor adicional por cada consulta ainda não é conhecido, refere o mesmo jornal, que adianta que este pagamento adicional deverá ter início já a partir do final de Agosto, quando for criado o Sistema Nacional de Acesso a Consulta e Cirurgia, para substituir o actual Sistema Integrado de Inscritos para Cirurgia.

Segundo a informação do Plano de Emergência, as especialidades onde existem mais dificuldades em responder a tempo aos pedidos de consulta são oftalmologia, ortopedia e dermatologia. O Alentejo e Lisboa e Vale do Tejo “são as zonas com maiores dificuldades na resposta, contabilizando um tempo médio para consulta de 260 e 143 dias, respectivamente”, diagnosticou o Governo, que pretende conseguir dar resposta a estes doentes até ao final do ano.

O jornal refere também que o Governo pretende reorganizar os fluxos dos doentes, encaminhando para os centros de saúde quem já não precisa de acompanhamento hospitalar ou encaminhar os doentes para vagas em especialidades relacionadas. Caso o SNS não tenha capacidade de resposta, poderá ser encaminhado para o sector privado com convenção.

Relativamente ao plano de resposta aos doentes oncológicos que já tinham ultrapassado o TMRG para cirurgia, o Expresso adianta que “faltam agendar apenas as operações de 471 doentes” e que entre 18 de Maio e 14 Junho realizaram-se 5871 cirurgias, todas no SNS.

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