Maria de Lurdes Rodrigues acusa MP de ter “acções piores do que a polícia política”
Antiga ministra considera que “há uma intencionalidade política” na divulgação de escutas de António Costa e que estamos a assistir a um “atentado gravíssimo aos princípios do Estado de direito”.
Na última terça-feira, a CNN Portugal e a TVI divulgaram transcrições de conversas entre António Costa e João Galamba sobre o despedimento da ex-presidente executiva da TAP - uma das várias dezenas de escutas que apanharam de forma fortuita o ex-primeiro-ministro António Costa na Operação Influencer.
As escutas que acabaram na televisão tinham sido incluídas no inquérito da operação, apesar de não aparentarem qualquer relevância criminal nem terem qualquer ligação aos factos que estão em investigação.
Para Maria de Lurdes Rodrigues, as responsabilidades por esta fuga de informação devem ser imputadas "a quem tinha a guarda das escutas que foram divulgadas". A antiga ministra fala de uma "comédia dramática" a envolver o Ministério Público, que nunca se sente responsabilizado por nada, e diz mesmo que o órgão de investigação tem levado a cabo "acções piores do que as da polícia política".
A reitora do Iscte, que está entre os 100 signatários do "Manifesto dos 50+50", considera que "há uma intencionalidade política” nesta divulgação de escutas e em vários outros casos a envolver políticos nos últimos meses.
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