PSD vai insistir na candidatura de Pais Antunes a presidente do CES
Na quarta-feira, o candidato único indicado pelo PSD, o antigo secretário de Estado social-democrata Luís Pais Antunes, falhou por um voto a eleição por maioria de dois terços para esse cargo.
O PSD vai reapresentar a candidatura do ex-secretário de Estado Pais Antunes ao lugar de presidente do Conselho Económico e Social (CES), disse à agência Lusa fonte da bancada social-democrata.
Na quarta-feira, o candidato único indicado pelo PSD, o antigo secretário de Estado social-democrata Luís Pais Antunes, falhou por um voto a eleição por maioria de dois terços para esse cargo.
Luís Pais Antunes obteve 148 votos a favor, menos um do que o mínimo de 149 - num total de 230 deputados - para atingir os dois terços requeridos para a eleição do presidente do CES. Entre os 223 deputados, registaram-se 70 brancos e cinco nulos.
Hoje, durante a reunião do grupo parlamentar do PSD, segundo fonte do partido, o líder da bancada, Hugo Soares, anunciou a intenção de repetir a candidatura de Pais Antunes à presidência do CES.
A segunda eleição desta legislatura para a presidência do CES deverá realizar-se já na sexta-feira.
Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, Pais Antunes foi secretário de Estado entre 2002 e 2005, em dois governos, chefiados por José Manuel Durão Barroso e Pedro Santana Lopes.
Neste momento, a socióloga Sara Falcão Casaca preside ao CES de forma interina desde Fevereiro, depois de Francisco Assis ter renunciado ao seu mandato para se candidatar a deputado pelo PS nas últimas eleições legislativas.
Francisco Assis esteve à frente do CES desde Julho de 2020. Na primeira vez, em 2020, foi eleito logo na primeira tentativa com votos favoráveis de 170 deputados. Em Abril de 2022, foi reeleito, igualmente na primeira tentativa, para um segundo mandato com 192 votos favoráveis.
De acordo com a Constituição, "o CES é o órgão de consulta e concertação no domínio das políticas económica e social, que participa na elaboração das propostas das grandes opções e dos planos de desenvolvimento económico e social", e compete à Assembleia da República eleger o seu presidente, por maioria de dois terços.