Orânia ou o perigo dos acordos de Ramaphosa com os herdeiros do apartheid

Na primeira vez em 30 anos em que se viu sem maioria para governar, o ANC estendeu a mão à direita para garantir o poder. Até se aliou com quem defenda a autodeterminação branca.

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Mural num bar e restaurante de Orânia sobre um rebelde boer executado, dizem que injustamente: "Não nasci para ser oprimido" Siphiwe Sibeko/REUTERS
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Orânia, situada na zona semiárida do Carru, no centro da África do Sul, junto ao rio Orange, é uma vila onde se mantém vivo o sonho do apartheid de Hendrik Verwoerd, antigo primeiro-ministro sul-africano e ideólogo do regime segregacionista racial que perdurou durante décadas no país. E não é só pela sua estátua que ornamenta a principal praça da localidade.

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