Kiev investiga alegada decapitação de soldado pela Rússia

Unidades militares russas em Donetsk terão ordenado aos seus homens que matassem soldados ucranianos, decapitando-os, em vez de os capturarem, denunciou a Procuradoria-Geral da Ucrânia.

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Soldados ucranianos em Kharkiv SERGEY KOZLOV
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A Ucrânia está a investigar a alegada decapitação de um dos seus soldados pelas forças russas numa zona ocupada da região de Donetsk, no Leste do país, informou nesta terça-feira a procuradoria-geral ucraniana.

A Rússia, que negou repetidamente que o seu Exército tenha cometido crimes de guerra desde a invasão da Ucrânia, em Fevereiro de 2022, não comentou as acusações.

"Foi documentada na região de Donetsk a decapitação de um combatente ucraniano", escreveu o procurador-geral da Ucrânia, Andrii Kostin, na rede social X.

Em comunicado, a procuradoria-geral avançou que tinha sido encontrada a cabeça de um soldado ucraniano num veículo militar danificado durante uma operação de reconhecimento aéreo da região.

Foi ainda divulgado que, na segunda-feira, as forças ucranianas foram informadas de que membros de uma unidade militar russa na cidade de Volnovaha, em Donetsk, tinham ordenado aos seus homens que matassem soldados ucranianos, decapitando-os, em vez de os capturarem.

Andrii Kostin partilhou no X (antigo Twitter) uma fotografia de um veículo militar, parcialmente desfocada sobre o que aparenta ser a cabeça do soldado ucraniano. A Reuters não conseguiu verificar de forma independente a autenticidade da imagem.

Segundo o procurador-geral, a Ucrânia já documentou cerca de 130 mil crimes de guerra cometidos pelas tropas russas no seu território desde 2022.

No início de 2023, Kiev acusou as forças de Moscovo de terem executado um soldado ucraniano depois de este ter dito Slava Ukraini (em português, "Glória à Ucrânia") num vídeo publicado nas redes sociais.

O Ministério da Defesa da Rússia não respondeu a um pedido de esclarecimentos da Reuters sobre o assunto.