Céline Dion está a preparar-se para regressar aos palcos, depois de um afastamento de cerca de dois anos, que chegou a temer-se definitivo. A cantora canadiana, de 56 anos, foi diagnosticada com síndrome da pessoa rígida (SPR, na sigla em inglês), em Dezembro de 2022, doença neurológica rara, que se manifesta pela rigidez muscular, espasmos dolorosos e uma perda progressiva de autonomia. Nas fases mais avançadas da doença podem conduzir a uma rigidez muscular estática, a mialgias crónicas ou a incapacidade funcional, nomeadamente de marcha.
À BBC, a artista garantiu estar “de volta”, manifestando a falta que o palco lhe tem feito. Embora ainda não haja uma data, Céline e a sua equipa, avança a edição online do meio britânico, têm estado a preparar um novo espectáculo em Las Vegas. “Temos trabalhado arduamente para organizar este espectáculo, porque estou de volta. Vou estar em palco. Não sei exactamente quando, mas acreditem que vou gritar bem alto”, declarou.
Em Abril, a voz de My heart will go on relatava estar a dividir os dias entre a terapia física e vocal, em Las Vegas, onde vive com os filhos, René-Charles Angelil, de 23 anos, e os gémeos Nelson e Eddy, com 13. “Trabalho os dedos dos pés, os joelhos, os gémeos, os dedos, o canto, a voz”, detalhava, acrescentando que “não pode lutar contra doença”, que vive dentro dela “para sempre”.
A terapia, confidenciou agora à BBC, está a permitir que a sua voz mostre sinais de recuperação. “A minha voz está a ser reconstruída enquanto falamos, agora mesmo.”
A história da doença artista pode ser conhecida com mais detalhes, a partir de 25 de Junho, na Amazon Prime, com a estreia do documentário I Am: Céline Dion, realizado por Irene Taylor. “Durante a minha ausência, decidi que queria documentar esta parte da minha vida, tentar sensibilizar para esta condição pouco conhecida e assim poder ajudar outras pessoas que partilham o meu diagnóstico”, explicou a cantora.