Equipas dos organismos do património e do Teatro Nacional São João já estão completas

Conselho de ministros aprovou esta sexta-feira os nomes dos vogais da Museus e Monumentos de Portugal e do teatro do Porto. Cultura procedeu à nomeação dos dois vices para o Património Cultural.

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A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, nos Jerónimos Nuno Ferreira Santos
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As chefias da Museus e Monumentos de Portugal E.P.E. (MMP) e do Património Cultural I.P. (PC) estão finalmente completas. Desde 21 de Maio que se sabia, por uma nota do gabinete da ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, que Alexandre Nobre Pais lideraria a primeira e João Soalheiro o segundo, mas estava ainda por divulgar quem integraria as respectivas direcções.

Há já dez dias que os nomes dos escolhidos eram conhecidos de boa parte das equipas dos dois organismos, mas só esta sexta-feira foram divulgados, depois dos da MMP terem sido aprovados em Conselho de Ministros e do Ministério da Cultura ter procedido à nomeação dos vice-presidente do PC.

Alexandre Nobre Pais, presidente da empresa pública que tem a seu cargo a gestão dos museus nacionais e de muitos dos mais importantes monumentos do país, alguns dos quais património mundial, terá a seu lado no conselho de administração a engenheira Esmeralda Paupério e a economista Sónia Teixeira.

João Soalheiro, antigo subdirector-geral do Património Cultural, vai poder contar com Ana Catarina Sousa, arqueóloga, e Ângelo Silveira, arquitecto.

Pedro Sobrado, que durante escassos meses presidiu à MMP, assumirá, como previsto, a presidência do conselho de administração do Teatro Nacional São João, uma casa que conhece muito bem, e terá como vogais Cláudia Leite e Nuno Mouro, cujos nomes foram também hoje aprovados na reunião do Governo.

É precisamente de um teatro nacional, desta feita o D. Maria II, em Lisboa, que sai Sónia Teixeira, a nova financeira da MMP. A sua experiência de gestão na Cultura inclui ainda o Opart – Organismo de Produção Artística, entidade responsável pelo Teatro Nacional de São Carlos e pela Companhia Nacional de Bailado, de que foi directora administrativa durante sete anos (2007-2014).

Esmeralda Paupério, que já integrava a lista de funcionários da MMP, é uma engenheira civil que está a desenvolver competências na gestão de risco em património cultural, área em que já tem muito trabalho de terreno feito.

Ana Catarina Sousa e Ângelo Silveira têm também experiência consolidada no sector do património cultural, tendo desempenhado funções num ou mais dos “antepassados” do novo instituto público.

Mestre em Pré-História e Arqueologia e até aqui professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Ana Catarina Sousa foi já subdirectora-geral do Património Cultural. O arquitecto Ângelo Silveira, por seu lado, também fez parte da Direcção-Geral do Património Cultural e da igualmente extinta Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Até ser promovido a vice-presidente, era técnico superior do Departamento de Projectos e Obras deste recém-criado organismo.

Pedro Sobrado, que deixou a MMP na sequência da entrada em funções do novo Governo, regressa ao São João, mas leva consigo dois dos colaboradores que tinha na empresa pública encarregada da gestão de museus e monumentos. Cláudia Leite, economista e antiga administradora executiva do Theatro Circo, de Braga, passa de um conselho de administração para outro; Nuno Mouro é promovido e troca a Direcção de Tecnologias da MMP por um lugar de vogal na administração do teatro nacional portuense. Cessam assim funções Sandra Martins e Susana Marques, chamadas em 2018 a acompanhar Sobrado aquando da sua chegada às funções que de novo volta agora a ocupar.

As nomeações para os conselhos de administração da MMP e do São João são válidas para o triénio 2024-2026, embora tenha sido feitas já a meio do ano.

As alterações nas chefias dos dois organismos responsáveis pela preservação e promoção do património cultural, sejam monumentos, sítios arqueológicos ou museus, fazem parte de um plano de revisão da estratégia para o sector, objecto de reforma no anterior Governo PS, reforma essa que, na opinião da actual ministra, foi "desastrosa".

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