Israel ataca complexo do Hezbollah no leste do Líbano

Ataque teve como alvo complexo onde operava uma unidade do Hezbollah encarregada do tráfico de armas de e para o Líbano, segundo as Forças de Defesa de Israel. Cinco pessoas morreram.

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Soldados israelitas na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza Amir Cohen / REUTERS
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O exército de Israel anunciou esta segunda-feira ter atacado um complexo do grupo xiita Hezbollah na cidade de Baalbek, no leste do Líbano, junto à fronteira com a Síria.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que o ataque teve como alvo dois edifícios no interior do complexo onde operava uma unidade do Hezbollah encarregada do tráfico de armas de e para o Líbano.

Israel também confirmou ter atacado o que chamou de “alvos terroristas” nos arredores da cidade de Aitaroun, no sul do país. “Os ataques ocorreram em resposta à destruição de um drone do exército israelita que operava nos céus do Líbano” na segunda-feira, disse um comunicado militar.

O ataque causou a morte de cinco pessoas, incluindo três sírios que trabalhavam com o Hezbollah, disse a organização não governamental (ONG) Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

O director da ONG, Rami Abdel Rahmane, disse à agência de notícias France-Presse que o ataque atingiu vários camiões-cisterna que transportavam combustível da Síria para o Líbano.

A organização, sediada no Reino Unido mas que conta com uma vasta rede de fontes na Síria, acrescentou que outras cinco pessoas ficaram feridas e que duas pessoas continuam desaparecidas.

O Hezbollah anunciou na segunda-feira ter abatido um drone israelita Hermes “equipado com mísseis que se preparava para efectuar ataques” sobre o Líbano, o quinto desde Fevereiro.

A resposta do movimento islamita libanês surgiu a meio da tarde, num ataque com dois drones que caíram a norte das Colinas de Golã, provocando um incêndio nas proximidades da comunidade de Sha'al.

A fronteira entre Israel e o Líbano tem sido palco de uma escalada de violência, que já causou 482 mortos, desde o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em solo israelita em 7 de Outubro, algo que suscitou receios de uma guerra aberta.

"Estamos preparados para uma acção muito forte no norte", ameaçou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na semana passada, durante uma visita às tropas destacadas para a fronteira com o Líbano.

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