Narendra Modi toma posse para terceiro mandato como primeiro-ministro da Índia

A tomada de posse decorreu na capital indiana de Nova Deli. O BJP, partido do primeiro-ministro indiano, venceu as eleições deste ano sem maioria, o que obrigou a coligar-se com outros partidos.

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Modi tomou posse no palácio presidencial, na capital indiana de Nova Deli RAJAT GUPTA / EPA
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O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, tomou hoje posse para um terceiro mandato, após resultados eleitorais abaixo do esperado que o levam a governar pela primeira vez em coligação.

A cerimónia decorreu no palácio presidencial em Nova Deli e contou com a presença da Presidente indiana, Droupadi Murmu, e de chefes de Estado e de governo de países aliados da Índia.

Vários ministros e vice-ministros tomaram posse na mesma ocasião, embora ainda não tenha sido anunciado que pastas irão ocupar.

Este é o terceiro mandato consecutivo de Modi, de 73 anos, que chegou ao poder em 2014 e foi reeleito em 2019. Nessas duas ocasiões, pôde governar sem coligações graças às maiorias parlamentares obtidas pelo seu partido, o Bharatiya Janata Party (BJP).

Desta vez, os 240 lugares que o BJP obteve nas eleições foram insuficientes para alcançar a maioria de 272 necessária para governar sozinho, o que levou a uma coligação, a Aliança Democrática Nacional, liderada pelo BJP.

Em conjunto, as 15 formações políticas que integram a coligação têm 293 lugares, a maioria absoluta dos 543 da câmara baixa do Parlamento, mas, em troca do apoio, os partidos exigiram ocupar pastas importantes no Governo.

As pastas mais importantes, incluindo os quatro ministérios soberanos (Interior, Negócios Estrangeiros, Finanças e Defesa), deverão, no entanto, permanecer nas mãos de membros do BJP, segundo o diário The Times of India.

A primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, e o Presidente do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, estiveram entre os dirigentes estrangeiros que assistiram à cerimónia.

As eleições gerais na Índia prolongaram-se por seis semanas e decorreram em sete fases, envolvendo quase 970 milhões de eleitores.