Morreu Maria João Sande Lemos, defensora do papel das mulheres na sociedade e na Igreja

Fundadora do PSD, foi amiga de Sá Carneiro e dedicou-se ao apoio a crianças e jovens. Marcelo Rebelo de Sousa lembra a sua “vasta obra social”.

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Maria João Sande Lemos morreu aos 85 anos Enric Vives-Rubio
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O Presidente da República lembrou esta quarta-feira Maria João Sande Lemos, que morreu aos 85 anos, como “mulher de convicções fortes e acção consequente, que lutou pelo reconhecimento e reforço do papel das mulheres” na sociedade e na Igreja Católica.

Fundadora do PSD e amiga de Sá Carneiro e de Mário Soares, mãe e avó, dedicou-se também ao apoio a crianças, jovens e idosos, designadamente através da Fundação Aboim Sande Lemos, com vasta obra social, desde as residências universitárias a estabelecimentos de apoio à infância", sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa numa nota publicada na página da Presidência da República na Internet.

O Presidente da República acrescentou ser já com saudade que (...) vê partir uma amiga de tantos anos e tantas lutas.

Maria João Sande Lemos foi uma das fundadoras do Movimento Nós Somos Igreja (NSI) em Portugal.

Também o PSD, numa nota de pesar divulgada na tarde de ontem, caracteriza Maria João Sande Lemos, como uma acérrima defensora dos direitos das mulheres na Igreja, ou, como gostava de dizer, dos ‘direitos humanos’.

Fundadora do PSD, partido com que se identificava desde os tempos históricos, foi amiga de Francisco Sá Carneiro, deixou ainda uma profícua obra social, de apoio a crianças e jovens, nomeadamente na Fundação Aboim Sande Lemos, recorda o Partido Social Democrata.

Por seu turno, o socialista João Soares, na sua página no Facebook, deixou um testemunho de profunda tristeza pela morte de Maria João Sande Lemos.

Uma grande senhora. Um exemplo de dignidade, carácter, amor à liberdade. Tive o privilégio de ser seu amigo. Também modesto companheiro de combates vários. Nomeadamente pela causa maior da liberdade e da democracia em Angola. Honra à memória de Maria João Sande Lemos, escreveu João Soares.

Já o Movimento Nós Somos Igreja, também no Facebook, recorda um vulcão chamado Maria João!”.

Não existiria em Portugal o Movimento Nós Somos Igreja, se não fosse activismo da primeira hora da Maria João Sande Lemos, sempre atenta à necessidade de reforma da Igreja católica, universal e nacional”, refere a publicação.

O Movimento Católico Internacional Nós Somos Igreja nasceu na Áustria e pretende reflectir acerca de reformas na Igreja, consideradas pelos seus membros como muito importantes, sobretudo a nível de organização e modo de funcionamento. O movimento chegou a Portugal em 1997.

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