“Os altos e baixos, o bom e o mau, a selvajaria e a loucura.” É desta forma que Alec Baldwin descreve o dia-a-dia da sua família, que, com a sua mulher, Hilaria Baldwin, irá mostrar no canal TLC.
O casal, que tem sete filhos, entre o 1 e os 10 anos de idade, com pouco tempo de diferença entre eles, publicou o anúncio no Instagram, revelando que passará a partilhar o seu quotidiano caótico num formato ao estilo de reality show. O programa Os Baldwins ainda não tem data prevista para estrear, mas estima-se que poderá chegar apenas em 2025.
Casados desde 2012, o actor e a mulher partilham as suas vidas com Carmen, Rafael, Leonardo, Romeo, Eduardo, Lucia e Ilaria. O actor também é pai de Ireland Baldwin, de 28, do seu casamento com Kim Basinger.
O TLC informou que a série será um mergulho no dia-a-dia do casal. “Nesta série documental, Alec e Hilaria convidam os telespectadores para dentro de sua casa que dividem com seus sete filhos. Pela primeira vez, o casal abre as suas vidas e convida todos a se juntarem ao infinito amor, risos e drama”.
O anúncio do reality show surge numa altura em que Alec Baldwin se prepara para ser julgado por homicídio involuntário, no caso do incidente que resultou na morte da directora de fotografia Halyna Hutchins. O actor deverá ir a tribunal a 10 de Julho e, se condenado, pode ser preso até durante 18 meses.
Se o caso de Baldwin chegar a julgamento — o actor, que disparou a arma contra a directora de fotografia, tem insistido na sua inocência —, será um marco, uma vez que Hollywood tem poucos precedentes em que um actor seja responsabilizado criminalmente por um tiroteio no local de filmagens. As acusações contra Baldwin já foram retiradas uma vez, em Abril passado.
A directora de fotografia morreu após ter sido alvejada no cenário de gravação do filme Rust, protagonizado e produzido por Baldwin.
Hutchins morreu quando o revólver Colt. 45 com que Baldwin ensaiava dentro de uma igreja nos arredores de Santa Fé, disparou um tiro que também feriu o realizador Joel Souza.
A armeira de Rust, Hannah Gutierrez, foi julgada e condenada por homicídio involuntário, depois de se ter dado como provado que carregou por engano uma munição real num revólver que Baldwin estava a usar no cenário de rodagem.
Baldwin nega ter premido o gatilho e defende que tinha sido instruído para apontar a arma para a câmara. Mas o FBI e um perito independente em armas de fogo concluíram que a arma não dispararia sem o gatilho premido.
Os anteriores tiroteios fatais em estúdio dos actores Brandon Lee, em 1993, durante as filmagens de O Corvo, obra-culto de Alex Proyas, e Jon-Erik Hexum, em 1984, envolveram balas vazias. No primeiro caso, Michael Massee, no papel de Funboy, atingiu Lee, que viria a morrer no hospital. A investigação concluiu que se tratou de um acidente, ao perceber que a arma utilizada tinha disparado antes munições verdadeiras. O que aconteceu foi que um cartucho ficou alojado no cano, sendo libertado quando foram disparadas munições secas.
Massee não tinha qualquer responsabilidade pelo sucedido, mas o actor, que viria a morrer em 2016, aos 61 anos, nunca conseguiu assistir ao filme. O segundo ocorreu quando o próprio Jon-Erik Hexum encostou o cano à têmpora e disparou a Magnum 44 que usava numa cena da série Cover Up e que julgava estar sem munições.