Biden autoriza Ucrânia a utilizar armas americanas para atacar território russo

A decisão equivale a uma mudança de política por parte de Biden, que até agora se recusava firmemente a permitir que a Ucrânia utilizasse armamento americano para ataques dentro da Rússia.

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Biden mudou de posição pouco depois de o Pentágono ter declarado que a política dos EUA contra a utilização de armas americanas no interior da Rússia se mantinha inalterada Elizabeth Frantz / REUTERS
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O presidente Joe Biden permitiu, embora discretamente, que Kiev utilize armas fornecidas pelos EUA para atingir territórios russos, mas apenas perto da fronteira, na área ao redor da cidade de Kharkiv, no norte da Ucrânia, disseram representantes americanos nesta quinta-feira.

A decisão equivale a uma mudança de política por parte de Biden, que até agora se recusava firmemente a permitir que a Ucrânia utilizasse armamento americano para ataques dentro da Rússia.

"O Presidente deu recentemente instruções à sua equipa para garantir que a Ucrânia possa utilizar as armas fornecidas pelos EUA para contra-atacar na região de Kharkiv, para que a Ucrânia possa ripostar contra as forças russas que as estão a atacar ou a preparar-se para as atacar", disse um representante dos EUA.

A embaixada da Rússia em Washington e a missão da Rússia nas Nações Unidas em Nova Iorque ainda não comentaram.

Os aliados da NATO têm apelado aos EUA para que autorizem a Ucrânia a utilizar armas ocidentais contra lançadores de mísseis e zonas militares dentro da Rússia que estão a apoiar a ofensiva transfronteiriça que Moscovo lançou em direcção a Kharkiv este mês. Os caças russos têm vindo a apoiar a iniciativa lançando bombas planadoras sobre Kharkiv e as linhas de defesa ucranianas.

A notícia da decisão de Biden foi divulgada pouco depois de o Pentágono ter afirmado que a política dos EUA contra a utilização de armas americanas no interior da Rússia se mantinha inalterada.

"A assistência de segurança que fornecemos à Ucrânia é para ser usada dentro da Ucrânia. E não encorajamos ataques, ataques condenáveis, dentro da Rússia", disse a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh.