Em Valongo, ainda se fazem biscoitos e regueifas toscos e únicos como antigamente

Durante quatro dias, as ruas encavalitadas do Eixo Antigo de Valongo enchem-se de memórias dos tempos em que as vidas das pessoas se misturavam com as suas padarias.

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A regueifa já está no forno CM Valongo
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Durante quatro dias — pelo menos durante quatro dias —, aquelas ruas estreitas e íngremes de casas acotoveladas engalanam-se, peneiras às janelas e histórias com séculos a cirandar de cá para lá entre as portas onde já viveram muitas padarias. Durante os quatro dias da Feira da Regueifa e do Biscoito & Mercado Oitocentista (entre os dias 31 de Maio e 4 de Junho), Valongo abre-se à festa e recria memórias, do pão e dos moinhos que preenchiam as margens do rio Ferreira, das vendedeiras descalças e das hercúleas caminhadas até ao Porto, dos filhos dos padeiros que namoravam com as filhas de outros padeiros numa sucessão constante — permitindo que no século XVIII por ali existissem mais de duzentas padarias —, do trabalho manual e do sovador, do pão nosso de cada dia, da regueifa grande das festas e dos biscoitos simples e requintados.

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