Agora, Iga Swiatek acredita em milagres

Naomi Osaka, regressada há cinco meses ao circuito, esteve a um ponto de eliminar a número um mundial.

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Iga Swiatek em acção diante de Naomi Osaka Stephanie Lecocq / REUTERS
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No encontro do quadro feminino mais aguardado desde a realização do sorteio, Iga Swiatek e Naomi Osaka não desiludiram e protagonizaram ontem uma das melhores “batalhas” da história recente de Roland Garros. O duelo da segunda ronda tomou proporções de uma final, não só por ter o court Philippe Chatrier como palco, mas também pelo inesperado nível exibido por Osaka, regressada à competição em Janeiro depois de ter sido mãe e cuja última vitória sobre uma top 10 data de 2020. No terceiro e último set, a japonesa de 26 anos comandou por 5-1, liderou por 5-2 (0-30) no serviço adversário, serviu para fechar o encontro a 5-3, dispôs de um match-point e… Swiatek venceu, por 7-6 (7/1), 1-6 e 7-5.

“A 5-2, pensei que não ia ganhar. Tentei fazer melhor e focar-me mais. Consegui, mas foi muito equilibrado. Se não desistir, tenho mais hipóteses”, assumiu Swiatek, que defende o título em Paris, um dos quatro do Grand Slam que detém.

Osaka, que nunca derrotou uma top 10 em terra batida, realizou a melhor exibição sobre este piso durante o segundo set e grande parte do terceiro, terminando o duelo de três horas com 54 winners (29 de direita, 17 de esquerda e oito ases) que levantaram das cadeiras os milhares de adeptos.

“Chorei quando saí do court, mas agora estou bem. Vi a Iga ganhar este torneio quando estava grávida e era o meu sonho defrontá-la. Acho que estive bem na sua superfície. Quero jogar com ela em ‘hardcourts’, a minha superfície”, disse Osaka aos jornalistas, envergando a camisola dos LA Lakers. A ex-número um mundial e actual 134.ª confirmou que não irá ficar com más memórias do encontro. “Foi muito divertido, provavelmente, o mais divertido em que joguei. Tenho um pequeno diário onde escrevi ‘estou orgulhosa de ti’”, confessou.

A forte chuva que caiu em Paris só permitiu que se jogassem 45 minutos nos courts exteriores, pelo que só houve encontros concluídos nos dois courts dotados com tecto amovível. No court Suzanne Lenglen, Ons Jabeur (9.ª), que chegou a Paris com somente seis encontros ganhos neste ano, teve dificuldades para ultrapassar a colombiana Camila Osorio (77.ª) e, apesar de ter sofrido seis breaks, ganhou, por 6-3, 1-6 e 6-3.

A seguir, Coco Gauff (3.ª) derrotou Tamara Zidansek (131.ª), semifinalista em 2021, mas os parciais de 6-3, 6-4 não espelham o equilíbrio dos encontros, onde se registaram oito breaks em 17 break-points.

No quadro masculino, Carlos Alcaraz (3.º), Andrey Rublev (6.º) e Stefanos Tsitsipas (9.º) avançaram para a terceira ronda.

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