O Barcelona apresentou nesta quarta-feira o alemão Hansi Flick como novo treinador principal, com um contrato válido por dois anos. O ex-técnico do Bayern Munique, que estava sem clube desde Setembro de 2023, procurará reconduzir os catalães aos títulos, depois de uma temporada sem troféus.

Em comunicado, o clube afirma ter "escolhido um homem conhecido pelo estilo de jogo intenso, ousado e de grande pressão das suas equipas, que lhe trouxe grandes êxitos a nível de clubes e a nível internacional, ganhando praticamente tudo o que há para ganhar no mundo do futebol".

Flick, que acabou por abandonar a selecção da Alemanha em Setembro de 2023, chega a Camp Nou para substituir Xavi Hernández, que foi demitido na sexta-feira, depois de uma temporada em que a relação com a direcção do Barcelona foi sempre demasiado instável.

"Estou ansioso por começar a trabalhar para este clube fantástico. Desde que cheguei, vi que todos amam este clube e fazem tudo o que podem para o seu sucesso", afirmou Hansi Flick, à Barça TV. "Na equipa principal há uma boa mistura de jogadores experientes e jovens talentosos. Penso que temos de trabalhar para podermos melhorar... Ganhei alguns títulos com o Bayern Munique e gostaria de continuar esse caminho no Barcelona".

O Barcelona destacou o sucesso do treinador de 59 anos, durante a época 2019-20, ao leme do Bayern, com o qual conquistou seis troféus - a Bundesliga, a Taça da Alemanha, a Liga dos Campeões, a Supertaça da Alemanha, a Supertaça da UEFA e o Mundial de Clubes.

O alemão terá agora pela frente o difícil desafio de resolver as dificuldades do Barça dentro de campo, num contexto de turbulência fora dele, incluindo o agravamento dos problemas financeiros e um escândalo de arbitragem que poderá arrastar-se durante anos.

Flick iniciou a carreira ao mais alto nível como adjunto de Joachim Löw durante a campanha vencedora da selecção da Alemanha no Campeonato do Mundo de 2014. Em 2019, juntou-se ao Bayern como treinador principal, assegurando sete troféus nas suas duas épocas na Baviera.

Em 2021, assumiu o cargo de seleccionador nacional mas acabou por sair sob um coro de críticas, depois da má campanha no Mundial 2022, prova na qual a Alemanha não superou sequer a fase de grupos.