Presidente da confederação das associações de pais foi reeleita. “A Confap está aberta a todos os pais”

Mariana Carvalho, de 41 anos, vai manter-se no cargo por mais dois anos. Neste mandato, quer focar a intervenção da Confap “nas questões de saúde mental e emocional”.

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A Confap tem como missão representar o movimento associativo de pais junto de órgãos de soberania e outras insituições Daniel Rocha
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A actual presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Mariana Carvalho, foi reeleita na tarde deste sábado para um novo mandato. A lista encabeçada pela também presidente da Federação Concelhia das Associações de Pais de São João da Madeira obteve 179 votos, enquanto a lista concorrente, liderada por Carlos Gonçalves, da Federação das Associações de Pais do Concelho de Gaia (Fedapagaia), se ficou pelos 134 votos, segundo avançou ao PÚBLICO a presidente reeleita.

"Pretendemos dar continuidade ao trabalho, o que não significa fecharmo-nos. O plano de actividades da Confap está aberto a todo o movimento associativo parental. Há coisas que queremos melhorar e queremos envolver todos e continuar a construir pontes", declarou Mariana Carvalho. Agradeceu também à lista concorrente por ter colocado em cima da mesa temas que a Confap entende poder melhorar, como é o caso da comunicação — uma das principais críticas feitas à sua liderança.

A outra lista, encabeçada por Carlos Gonçalves, disse ter concorrido por considerar que a liderança da Confap foi, nos últimos dois anos, "muito pouco incisiva" em pronunciar-se e em contribuir com soluções para "os problemas da educação”. E considerou ainda que, nos últimos anos, o movimento associativo dos pais tem vindo a perder "protagonismo" no sistema educativo — algo que a sua equipa esperava recuperar.

Neste novo mandato, a dirigente da Confap assume que o trabalho a desenvolver terá de ter como foco tornar "as questões de saúde mental e emocional" uma prioridade nas escolas.

Num balanço feito sobre os seus dois primeiros anos (os mandatos são bianuais) à frente desta estrutura, Mariana Carvalho considerou terem sido “muito positivos”. “Tivemos intervenções fortíssimas em questões como as provas de aferição, os manuais gratuitos, as creches. Apesar de o nosso foco não serem a crianças dos 0 aos 3 anos, entendemos que devíamos ajudar centenas de famílias desesperadas que não tinham creches”, sublinha Mariana Carvalho, de 41 anos, responsável por sistemas de gestão de qualidade.

“Conseguimos influenciar o veto [pelo Presidente da República] da lei da identidade de género nas escolas, tal como ela foi proposta. Também conseguimos que os exames do 9.º ano fossem feitos em papel este ano, uma vez que o acesso ao digital não estava, de facto, uniforme para todos os alunos”, notou, considerando ter conseguido “influenciar, de facto, a agenda educativa e trazer soluções”.

A Confap, que foi fundada em 1985 e reconhecida no ano seguinte como parceiro social pelo Ministério da Educação, congrega várias associações de pais e encarregados de educação e as suas estruturas federadas. Tem como missão representar o movimento associativo dos pais junto dos órgãos de soberania e outras instituições, como a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens ou o Conselho Nacional de Educação.

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