Montenegro garante que Portugal é um país seguro apesar do agravamento de alguns crimes

O Relatório Anual de Segurança Interna dá nota de um agravamento de alguns crimes, no entanto, para o primeiro-ministro, Portugal continua a ser “um dos países mais seguros da Europa e do mundo”.

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O primeiro-ministro esteve, esta quarta-feira, na reunião do Conselho Superior de Segurança Interna TIAGO PETINGA / LUSA
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O primeiro-ministro deixou "uma nota de tranquilidade e confiança" no sistema de segurança interna e garantiu que Portugal é "um país seguro", apesar do agravamento de alguns tipos de crimes.

"É verdade que no RASI [Relatório Anual de Segurança Interna] se confirmam circunstâncias de agravamento em algumas tipologias criminais, mas são preocupações que vêm de algumas áreas geográficas e de algumas tipologias de crime. Portugal é um país seguro, é objectivamente um dos países mais seguros da Europa e do mundo", disse Luís Montenegro, numa declaração aos jornalistas, esta quarta-feira.

Segundo o chefe do Governo, isto deve-se "ao exercício das funções e das missões das estruturas que em nome do Estado português fazem o acompanhamento da matéria de segurança".

O primeiro-ministro esteve, esta quarta-feira, no Sistema de Segurança Interna, onde presidiu às reuniões do Gabinete de Segurança Interna e do Conselho Superior de Segurança Interna e nas quais foi apreciado o RASI de 2023, que vai ser agora enviado pelo Governo para a Assembleia da República.

No final da reunião do Conselho Superior de Segurança Interna, onde estiveram presentes sete ministros e dirigentes das forças e serviços de segurança, o chefe do Governo quis deixar "uma nota de tranquilidade e confiança no sistema de segurança interna".

Luís Montenegro destacou "todo o esforço que é feito por estas entidades para dar aos cidadãos uma segurança real e uma segurança percepcionada para que possam viver tranquilamente com respeito pelos valores fundamentais".

O primeiro-ministro realçou também que a componente da segurança e de diminuição de fenómenos criminais é importante para o "activo económico" do país. "Portugal é um país competitivo para poder atrair e desenvolver investimentos que criam riqueza, oportunidades de emprego e que criam condições para fixar os jovens, recursos humanos e mão-de-obra proveniente do estrangeiro", afirmou.

Luís Montenegro destacou ainda o trabalho que tem sido desenvolvido pelo secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro, que deixa o cargo em Julho depois de um mandato de três anos, sublinhando o "reforço, articulação e cooperação entre as várias entidades, forças e serviços de segurança e todos os departamentos do Estado que trabalham para o reforço e tranquilidade pública por um lado e prevenção e repressão de condutas ilícitas por outro".

Dados divulgados no final de Março pela Direcção-Geral de Política de Justiça davam conta de que os crimes registados pelas polícias portuguesas aumentaram cerca de 8% no ano passado em relação a 2022 e atingiram os valores mais elevados em 10 anos, totalizando 371.995.