Restituição de bens culturais: um debate adiado

Inventariar e estudar a origem do património vindo das ex-colónias é uma “obrigação ética”, mas também uma “oportunidade” para melhorar as condições e as práticas dos museus portugueses.

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evr enric vives-rubio - 19 abril 2015 - PORTUGAL, Guimaraes - Reportagem sobre Intra Rail, bilhete da CP que permite viajar durante uma semana de comboio por Portugal e dormir nas Pousadas de Juventude. Exposicao sobre mascaras africanas na Plataforma das Artes e da Criatividade, espaco multifuncional, dedicado a atividade artistica Enric Vives-Rubio
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As declarações de Marcelo Rebelo de Sousa sobre a obrigação de o país assumir os custos dos crimes do colonialismo vieram reacender o debate em torno das várias modalidades de reparação às antigas colónias, incluindo a restituição de bens culturais, um tema a que Portugal está ainda longe de prestar a atenção que lhe vem sendo dedicada noutros países europeus, cujos museus dispõem hoje de detalhados guias de boas práticas para os ajudar a lidar com objectos (e restos humanos) obtidos em contexto de dominação colonial. E por estes dias tivemos mais um sinal de que a questão está mesmo na ordem do dia, com o pedido formal que a Colômbia endereçou esta quinta-feira ao Governo espanhol para que proceda à devolução do tesouro dos Quimbayas, uma das colecções mais apreciadas do Museu da América, em Madrid.

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