FIFA decide se suspende Federação de Futebol de Israel até 20 de Julho

Gianni Infantino prometeu decidir sobre suspensão de Israel até 20 de Julho, depois de pedido da Federação palestiniana, que deixou acusações a Israel no Congresso da FIFA.

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Infantino prometeu decisão sobre suspensão de Israel até 20 de Julho Chalinee Thirasupa / REUTERS
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A FIFA decidirá "antes de 20 de Julho" sobre o pedido da Federação palestiniana de futebol para que se suspenda a Federação israelita, prometeu o presidente do organismo, Gianni Infantino, nesta sexta-feira, 17 de Maio, no Congresso da FIFA em Banguecoque.

O dirigente máximo do futebol mundial recusou uma votação dos 210 membros das federações no 74.º Congresso do organismo, como sugeriu o presidente da Federação palestina.

De acordo com Infantino, os pedidos contra a federação israelita "entram nas competências do Conselho da FIFA" e "deverão ser geridas por este organismo", mas dada a urgência da situação será convocado um "conselho extraordinário" até 20 de Julho.

Gianni Infantino adiantou, ainda, que a FIFA recorrerá a "especialistas jurídicos independentes" para analisar a situação e os argumentos da Federação da Palestina, que acusa o organismo israelita de uma série de violações dos estatutos da FIFA, em Gaza e na Cisjordânia.

Uns momentos antes, o presidente da Palestinian Football Association (PFA), Jibril Rajoub, tinha instado a FIFA a ficar "do lado certo da história" e a votar pela suspensão imediata da Federação israelita, levando os seus membros à comissão disciplinar.

Num documento de sete páginas, enviado em meados de Março, a Federação da Palestina enumerou as consequências directas dos bombardeamentos em Gaza, que resultaram em, pelo menos, "92 futebolistas mortos" e "todas as infra-estruturas desportivas destruídas".

Em resposta, o responsável de Israel disse que se trata de "uma tentativa cínica" de "prejudicar o futebol" do país, baseada, segundo disse, em "razões que não têm a ver com o desporto", acrescentando ser uma "situação política complicada" e que, de futuro, quando tudo estiver mais calmo, gostaria de estender a mão e considerar jogos amigáveis.

O dirigente palestiniano devolveu: "Para estender a mão é preciso que haja pessoas vivas e livres".

A Palestina já tinha tentado a exclusão de Israel anteriormente e voltou a fazê-lo agora, devido ao agravamento do conflito e da situação na Faixa de Gaza.