Cantora MirAnda apresenta o seu álbum de estreia Mulher na Cidade ao vivo no B.Leza
Primeiro álbum a solo da vocalista dos OqueStrada, Mulher na Cidade é apresentado ao vivo este sábado no B.Leza, em Lisboa, a partir das 21h30, com convidados.
De Marta Miranda a MirAnda, assim se fez o caminho de uma cantora que se tornou conhecida como voz do grupo OqueStrada e que agora se apresenta a solo com um álbum intitulado Mulher na Cidade. É este que MirAnda leva este sábado ao palco do B.Leza, em Lisboa, às 21h30, com Simone Carugatti (guitarra e ukulele) e Marcos Alves (teclados, percussões e programações).
Além deles, MirAnda terá consigo alguns convidados, escolhidos de entre os músicos que foi “conhecendo ao longo das suas vadiagens pelas ruas e lugares da cidade”. São eles Gal Tamir (Al’Fado), cantor e compositor; Gil Dionísio (Criatura, Pás de Problème, Contos e Lenga Lendas), cantor, multi-instrumentista e performer; Jean Marc Dercle, também conhecido como Pablo (OqueStrada, Incrível Tasca Móvel), cenógrafo/construtor, criador e músico; Joana Dágua, rapper, compositora e produtora, “fundadora de PLANO V que envolve música, dança, performance e pintura”; e Mbye Ebrima, tocador de kora, compositor, cantor e contador de histórias.
O álbum de estreia de MirAnda, Uma Mulher na Cidade, numa alusão ao disco Um Homem na Cidade, que Carlos do Carmo lançou em 1977, procura reflectir “a diversidade musical e cultural de uma Lisboa cosmopolita, explorando influências que vão desde o fado até ao funaná, passando pelo desert blues e pela cumbia argentina”. O disco conta com a colaboração de artistas de vários países e origens, a que MirAnda chama “Os Amantes de Lisboa”, numa outra referência, desta vez ao filme francês Os Amantes do Tejo, de 1955, que teve Amália Rodrigues por protagonista. Com um total de dez temas, entre fados e composições originais, o disco foi produzido pelo brasileiro Alê Siqueira, produtor de artistas como Caetano Veloso, Tribalistas ou Elza Soares.
Celebração “do direito da mulher ao espaço público, ao direito de vadiar a qualquer hora do dia”, Mulher na Cidade fala “dos percursos de uma mulher livre pelas ruas da cidade e dos encontros com as pessoas, os músicos, as melodias e as sonoridades que encontra pelo caminho”. Ou, nas palavras da própria MirAnda: “Em OqueStrada, cantei as periferias de Lisboa. Neste novo trabalho, canto os meus passos pela cidade. Em nome de Lisboa, este lugar de encontros, Uma Mulher na Cidade é uma ode à mulher vadia, numa liberdade sem constrangimento.”