Trocaram-nos as voltas, Sophia

Poesia Pública é uma iniciativa do Museu e Bibliotecas do Porto comissariada por Jorge Sobrado e José A. Bragança de Miranda. Ao longo de 50 dias publicaremos 50 poemas de 50 autores sobre revolução.

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“Achei que era demais parar
a revolução ao sinal vermelho.”
Salgueiro Maia

O crepúsculo este não esperava
tarde serôdia parca suja
cegos ainda aos gritos rugem
substância nenhuma.
Aos gritos cegos o crepúsculo
tarde esperava nenhuma.
Rugem
não rugem?


Paulo Campos dos Reis nasceu em 1974. É autor de Autógrafo Seguido de Autocolantes e Habilitações Literárias, com chancela das Quasi e volta d'mar, respectivamente. Para teatro, assinou seis peças de teatro. Destaque para Quarenta Mil Quilovátios, na qual se propõe uma reflexão sobre aspectos comportamentais da adolescência aliados às condições de vida nos subúrbios. É director artístico do colectivo teatral Musgo Produção Cultural e co-programador do FORNO – Espaço Cultural, em Rio de Mouro.

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