Rei Carlos revela o primeiro retrato desde a coroação, mas não reúne consenso

“Tal como a borboleta que pintei a pairar sobre o seu ombro, este retrato evoluiu à medida que o papel do retratado na nossa vida pública se transformou”, descreve o artista Jonathan Yeo.

A portrait of Britain's King Charles by artist Jonathan Yeo is pictured at Buckingham Palace, London, Britain May 14, 2024. Aaron Chown/Pool via REUTERS NO RESALES. NO ARCHIVES.
Fotogaleria
O retrato de Carlos III é assinado por Jonathan Yeo Aaron Chown/Pool via REUTERS
Britain's King Charles unveils his portrait by artist Jonathan Yeo, at Buckingham Palace, London, Britain May 14, 2024. Aaron Chown/Pool via REUTERS
Fotogaleria
Carlos III apresenta o novo retrato Aaron Chown/Pool via REUTERS
Ouça este artigo
00:00
02:34

O rei Carlos III acaba de revelar o seu primeiro retrato oficial que marca o primeiro ano desde a coroação em Maio do ano passado. O retrato, que mostra Carlos em tons de vermelho, não reuniu consenso nas redes sociais com os seguidores a criticar a escolha cromática do pintor Jonathan Yeo.

No retrato da autoria do artista britânico, o soberano veste o uniforme das guardas escocesas, da qual é coronel desde 1975, com uma borboleta mesmo por cima do ombro. “Tal como a borboleta que pintei a pairar sobre o seu ombro, este retrato evoluiu à medida que o papel do retratado na nossa vida pública se transformou”, disse num comunicado Yeo, 53 anos, que já pintou o príncipe Filipe ou a rainha Camila.

E Jonathan Yeo acrescenta: “O meu objectivo era também fazer referência às tradições do retrato real, mas de uma forma que reflectisse a monarquia do século XXI e, acima de tudo, comunicasse a profunda humanidade do retratado.”

Mas as redes sociais não parecem estar de acordo com a intenção do autor. Lamento, mas o retrato parece que o rei está no inferno”, comenta uma utilizadora no Instagram. E outro acrescenta: “Parece que tem sangue nas mãos.” É “o pior retrato real que alguma vez vi”, categorizam ainda.

O retrato revelado no Palácio de Buckingham nesta terça-feira foi encomendado em 2020 — dois anos antes da morte de Isabel II e da proclamação de Carlos III — para celebrar os 50 anos do então príncipe de Gales como membro do organismo de concessão de subsídios, The Drapers” Company, efeméride comemorada em 2022, informou o palácio.

Foto
Carlos III com o artista Jonathan Yeo Aaron Chown/Pool via REUTERS

Entre os outros retratados por Jonathan Yeo contam-se o naturalista britânico David Attenborough, a actriz vencedora de um Óscar Nicole Kidman e o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair.

A obra de arte em óleo sobre tela, que mede cerca de 2,5 metros por 2,5 metros, deverá ser exposta no Drapers” Hall, na City de Londres — a zona financeira da capital — a partir do final de Agosto, anunciou ainda Buckingham.

Nas últimas semanas, Carlos III tem tido uma agenda pública agitada depois do regresso ao trabalho no final de Abril. No início de Fevereiro, o monarca anunciou que tem cancro e tem estado a ser tratado, enquanto mantém o papel de chefe de Estado. Sabe-se que os reis serão anfitriões de uma visita de Estado do imperador japonês Naruhito e da imperatriz Masako, no final de Junho.

Desconhece-se, contudo, se Carlos estará presente na famosa parada militar Trooping the Colour, a 15 de Junho, bem como nas comemorações do 80.º aniversário do desembarque na Normandia, conhecido como o Dia D da Segunda Guerra, também no mesmo mês.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários