Incêndios: Mais operacionais no combate e menos meios aéreos para este ano

Os meios aéreos que não vão estar este ano disponíveis no DECIR são dois “canadair”, alegadamente porque não há no mercado aviões “canadair”, daí as dificuldades para os alugar.

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A época considerada mais crítica em incêndios rurais vai contar este ano com 70 meios aéreos, menos dois do que em 2023 Daniel Rocha
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Os operacionais envolvidos no combate aos incêndios rurais vão aumentar ligeiramente este ano, estando previstos para os meses considerados mais críticos 14.155 elementos, mas o dispositivo vai contar com menos dois meios aéreos, segundo uma directiva aprovada esta segunda-feira.

A directiva operacional nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), foi aprovada esta segunda-feira na Comissão Nacional de Protecção Civil, cuja reunião foi presidida pelo secretário de Estado da Protecção Civil, Paulo Simões Ribeiro, e teve lugar na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), em Carnaxide.

Segundo dados a que Lusa teve acesso, o dispositivo terrestre contará com 14.155 elementos e 3.173 viaturas durante o período de maior empenhamento de meios, entre 1 de Julho e 30 de Setembro, denominado "nível Delta"

Em 2023, o número de operacionais envolvidos no combate aos incêndios entre Julho e Setembro cifrou-se nos 13.891 operacionais, o que significa que este ano há mais 264 elementos para o combate aos fogos.

O mesmo acontece com as viaturas disponíveis, que aumentam em 183, passando dos 2.990 veículos para os 3.173.

A época considerada mais crítica em incêndios rurais vai contar este ano com 70 meios aéreos, menos dois do que em 2023.

Os meios aéreos que não vão estar este ano disponíveis no DECIR são dois aviões "canadair". Fonte dos bombeiros disse à Lusa que não há no mercado aviões "canadair", daí as dificuldades para os alugar.

Segundo a ANEPC, a DON é o documento que, anualmente, define os meios e estabelece a arquitectura da estrutura de direcção, comando e controlo do Sistema Integrado das Operações de Protecção e Socorro, além de estabelecer a forma como é assegurada a coordenação institucional, a regulação, a articulação e optimização das forças e organismos que integram o sistema.

O DECIR 2024 será apresentado numa sessão pública agendada para terça-feira em Ourém, no distrito de Santarém, numa cerimónia presidida pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.

A aprovação e apresentação do DECIR acontecem este ano quase em simultâneo com o primeiro reforço de meios de combate aos incêndios, que terá lugar na quarta-feira.

Numa nota divulgada nas redes sociais, a Protecção Civil refere que na reunião desta segunda-feira foi também aprovada a Directiva Integrada de Detecção e Vigilância de Incêndios Rurais (DIVDIR) para este ano, que estabelece mecanismos de coordenação entre as entidades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais e outras instituições envolvidas nas operações de vigilância e detecção de incêndios rurais, de forma a garantir a optimização do emprego operacional dos sistemas de vigilância móvel, videovigilância florestal, de vigilância aérea e da Rede Nacional de Postos de Vigia.

A Comissão Nacional de Protecção Civil aprovou ainda o regulamento de funcionamento dos Centros de Coordenação Operacional Nacional, Regional e Sub-regional, nos termos do Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro.

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