Autarcas do Porto e Lisboa defendem reforço de efetivos na Polícia Municipal e da PSP
No Porto existem 200 elementos da Polícia Municipal, mas deveriam ser 300. Já na capital, o efectivo da Polícia Municipal ronda os 400 agentes, mas são necessários 600.
Os presidentes das câmaras do Porto e de Lisboa defenderam nesta segunda-feira a necessidade de o efectivo da Polícia Municipal e da PSP ser reforçado nas duas cidades, onde dizem ter existido um decréscimo da sua visibilidade.
Depois de uma visita ao Centro de Gestão Integrada do Porto, onde actuam diferentes serviços municipais, os dois autarcas, que se reuniram para discutir a situação das suas Polícias Municipais, defenderam a necessidade de os efectivos serem reforçados.
No Porto existem actualmente 200 elementos afectos à Polícia Municipal, mas o seu contingente deveria ser de 300 efectivos.
"Sabemos que o anterior ministro da Administração Interna anunciou que iria haver um reforço de efectivos, mas até agora não conhecemos o cronograma e estamos à espera que este Governo nos anuncie qual é o cronograma possível", referiu o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
Já na capital, o efectivo da Polícia Municipal ronda os 400 agentes, mas são necessários 600.
"Precisamos nitidamente de mais polícias municipais em Lisboa e no Porto", acrescentou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.
Assegurando estarem "em sintonia total" nesta matéria, os dois autarcas defenderam também a necessidade de o efectivo da PSP ser reforçado, assumindo que a visibilidade destes agentes decresceu nos últimos anos nas duas cidades, as maiores do país.
"Hoje, sentimos nas nossas cidades, gostava de reiterar isto à ministra da Administração Interna, a falta de policiamento e essa falta de policiamento é visível ao nível da PSP e da Polícia Municipal, portanto, os efectivos para nós são essenciais", salientou Carlos Moedas.
A par do reforço de efectivos, Rui Moreira disse ser preciso prorrogar a comissão de serviço dos agentes da PSP que transitam para a Polícia Municipal e que determina três anos de serviços, renováveis por três vezes, ou seja, uma permanência máxima de nove anos, regressando posteriormente à PSP.
"Entendemos que esta comissão de serviço seja prorrogada até que esses agentes sejam substituídos por novos", disse, assumindo ainda preocupação relativamente aos instrumentos necessários para assegurar os custos com estes agentes, suportados pelos municípios.
Também Carlos Moedas destacou a necessidade de alargar as competências dos agentes da Polícia Municipal a nível comunitário e na área de trânsito, defendendo, no entanto, a necessidade do efectivo ser treinado já na escola de polícia.