Taylor Swift está cada vez mais perto de Lisboa. A The Eras Tour já se estreou na Europa, com o primeiro de 26 concertos a acontecer em Paris, nesta quinta-feira, e trouxe novidades não só ao repertório com a inclusão das canções do novo álbum The Tortured Poets Departament, mas também novos figurinos, incluindo peças feitas à medida da Versace, Vivienne Westwood e Zuhair Murad.
A primeira novidade foi revelada logo no início do concerto, na Arena La Defénse, onde Taylor Swift surgiu com um fato coberto em pedraria laranja feito pelo Atelier Versace, especialmente para a digressão europeia, que passa por Lisboa a 24 e 25 de Maio. O corpete é estruturado com um degradê de cristais laranja e adornado com lantejoulas em fúchsia.
Para completar o macacão, usado durante a parte do concerto dedicada ao álbum Lover, Donatella Versace desenhou ainda um blazer igualmente cintilante, que acompanha a estética visual que Taylor Swift tem usado ao longo da multimilionária The Eras Tour. “A Taylor está a dominar o mundo com alegria, amor e poder feminino em Versace”, elogia Donatella Versace em entrevista à revista Vogue. E continua: “Adoro o seu talento, o trabalho árduo e a dedicação aos fãs. É uma superestrela!”
Além do novo corpete Versace, Swift também estreou outro body com franjas assinado pelo criador libanês Zuhair Murad para cantar os êxitos do álbum Midnights, lançado em 2022.
Mas o apogeu da noite ficou reservado para a estreia ao vivo do novo disco, The Tortured Poets Department, que se tornou o mais ouvido num só dia na história do Spotify. Swift cantou temas como But daddy I love him, Who’s afraid of little old me? ou Down bad a usar um vestido em tafetá reciclado desenhado pela Vivienne Westwood. Na volumosa saia, está estampada a letra I love you, it’s ruining my life (amo-te, mas está a arruinar-me a vida, em tradução livre), parte da canção Fortnight.
O vestido foi completado com um casaco estilo militar feito também à medida para a artista pela mesma marca britânica, bem como umas botas Christian Louboutin. A ligação de Taylor Swift ao Reino Unido é conhecida e a cantora já dedicou vários temas a Londres, não só em álbuns anteriores, como London boy, como no novo disco com So Long, London. O ex-namorado, Joe Alwyn, sobre quem a artista terá escrito o novo trabalho, é britânico e sabe-se que o antigo casal chegou a viver na capital inglesa durante algumas temporadas.
Fãs vestidos a preceito
A The Eras Tour também passará por Londres, de 21 a 23 de Junho, mas antes disso os fãs portugueses vão poder ver todos os visuais ao vivo no Estádio da Luz, em Lisboa. Só durante o ano de 2023, em venda de bilhetes, merchandising e o filme-concerto, a digressão gerou mais de 900 milhões de dólares (835 milhões de euros), diz a revista Billboard.
Apesar não haver um valor estimado para o guarda-roupa de Taylor Swift na digressão, sabe-se que, ao longo do espectáculo de três horas com um repertório de 44 canções, a artista muda de roupa 16 vezes. E é fácil prever que o custo das peças ultrapasse as dezenas de milhares de euros, já que estão incluídos, além das novas criações Versace, Vivienne Westwood e Zuhair Murad, coordenados de Alberta Ferretti, Nicole+Felicia e Roberto Cavalli.
O festim da moda tem também inspirado os fãs, conhecidos por swifties, que se vestem a preceito para o espectáculo. No Verão passado, durante a digressão nos EUA, os vídeos de fãs a tentarem mimetizar os coordenados da cantora tornaram-se virais. E alguns até se dedicaram a tarefas de costura como coser lantejoulas nos macacões de licra.
Além das roupas, há também swifties a prepararem com meses de antecedência várias pulseiras de amizade (friendship bracelets, em inglês), feitas em missangas e com frases, para usarem no concerto e trocarem com outros fãs. As pulseiras, feitas em casa e depois oferecidas à melhor amiga, foram populares nos anos 1990 e início dos anos 2000.
O recuperar da tradição faz alusão à canção You’re on your own, kid do álbum Midnights que diz: “So, make the friendship bracelets, take the moment and taste it” (“Por isso, façam as pulseiras da amizade, aproveitem o momento e saboreiem-no”, em português). Não terá sido a cantora a incentivar o fenómeno que se tornou global, mas é certo que em Lisboa também não vão faltar pulseiras da amizade.