Oito meses depois de ter feito a felicidade dos donos e do país, em Fevereiro de 2023, quando foi eleito o cão mais velho de sempre, Bobi faleceu. Em Fevereiro deste ano, o Guinness World Records decidiu que não havia “provas suficientes” para sustentar o título, depois de suspeitas sobre o ano de nascimento do cão português.
Leonel Costa, dono do Bobi, terá tentado entrar em contacto com o Guinness para que revertesse a situação. Mas a empresa nunca respondeu. “Já não estou só a pensar em fazê-lo. O assunto já foi tratado pelos meus advogados, já avançou. Já fizemos chegar ao Guinness toda a documentação”, confessou Leonel Costa ao P3.
O tutor de Bobi afirmou ter esperado um mês, “o tempo que julgámos razoável”, pela reacção do Guinness ao pedido de reavaliação da situação. Na falta de resposta, “seguimos pela via judicial”, explicou.
Os motivos apontados pelo Guinness são a falta de chip, a única forma de atestar verdadeiramente a idade do cão. No entanto, o português residente em Leiria diz que “isso não era um impedimento à altura da inscrição”. “Se fosse, o Bobi nem teria entrado no Guiness a primeira vez. Nem era obrigatório ter chip em Portugal há 30 anos”, relembra.
Apesar da justificação dada por parte da empresa, Leonel continua a dizer que há mais motivos por trás da decisão. "Há uma grande pressão da indústria veterinária”, acrescentou. "Não é nada bom que as pessoas achem que o cão mais velho do mundo e de todos os tempos esteja associado a contra-indicações do mundo veterinário.” O dono já tinha confirmado noutra situação que o cão foi maioritariamente alimentado a comida e não com ração.
Desde que tirou o título ao Bobi, o livro de recordes mudou as regras e passou a pedir provas documentais de todos os anos de vida dos animais de companhia, para comprovar a idade. A par disto, continuará a pedir aos donos o registo dos animais, assim como exames e avaliações de veterinários. Os títulos de cão mais velho de sempre e de cão mais velho continuam suspensos e por atribuir.