Atalanta e Bayer Leverkusen seguem para a final da Liga Europa

Italianos estreiam-se em finais europeias às custas do Marselha, campeões alemães afastam Roma mantêm invencibilidade na época.

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Xabi Alonso continua invencível em 2023-24 Kai Pfaffenbach / REUTERS
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Se a narrativa da Liga dos Campeões se prepara para ser “mais uma para o Real Madrid” (o Borussia de Dortmund, claro, terá sempre uma palavra a dizer e, nesta perspectiva, ainda bem para os alemães que a final é em Wembley e não no Bernabéu), a final da Liga Europa em Dublin, a 22 de Maio, vai ser um confronto, não de iguais, mas de duas das propostas de futebol mais sedutoras do futebol europeu, o Bayer Leverkusen, recém-coroado campeão da Alemanha, contra a Atalanta, a equipa de intensidade total que Gasperini tem afinado em Bérgamo.

Mas se a Atalanta não teve grandes problemas com o Marselha (venceu por 3-0, depois de empate 1-1 na primeira mão), a Roma deu muito trabalho aos germânicos e esteve à beira do prolongamento, mas não conseguiu segurar uma vantagem de dois golos que chegou a ter. Os germânicos não só conseguiram o apuramento para a final, como seguraram a invencibilidade da época (49 jogos) com um golo no último minuto do tempo de compensação – empate 2-2, depois de triunfo por 0-2 na capital italiana.

Comecemos por Leverkusen e pelo jogo que, teoricamente, teria menos história. A equipa de Xabi Alonso têm-se exibido a grande altura esta época, como prova o seu primeiro título na Bundesliga e o fim do reinado do Bayern, e esta segunda mão, depois do triunfo no Olímpico de Roma por 0-2, seria quase uma formalidade. Mas esta Roma de Daniele di Rossi, o antigo capitão que sucedeu a Mourinho e que está a dar os seus primeiros passos como treinador, não se entregou ao destino. Resistiu com mérito e acabou por ter alguma sorte do seu lado.

Svilar, o ex-Benfica que “roubou” a baliza a Rui Patrício, foi uma muralha nas redes da Roma, até ao momento em que não foi (já lá iremos). Os romanos foram impecáveis na sua organização defensiva, resistindo como podiam ao óbvio melhor futebol do Bayer, e tiveram o seu primeiro golpe de sorte. Um penálti de Tah sobre Azmoun que Paredes converteu em golo aos 41’ e a Roma estava dentro da eliminatória.

A segunda parte foi mais do mesmo, com novo golpe de sorte da Roma. Bola na mão de Hlosek na área alemã, o VAR a aconselhar o árbitro de campo a ver as imagens e novo penálti para a equipa de De Rossi. E novo golo de Paredes, este a empatar a eliminatória e a lançar as sementes de um possível prolongamento. Esse tempo extra não chegou a existir porque, aos 82’, num canto cobrado na direita por Grimaldo, Svilar fez-se mal ao lance, deixou a bola passar e bater no seu colega Smalling antes de ela se dirigir para a baliza. O 1-2 já chegava para a equipa da casa (que estará numa final europeia pela terceira vez), mas Stanisic, nos últimos segundos do tempo de compensação, manteve a invencibilidade recorde do campeão germânico em 2023-24.

Em Bérgamo, havia a grande incógnita sobre o que poderia fazer o Marselha, que nunca parece grande coisa, mas que, no meio da sua crise permanente, conseguiu chegar a estas “meias” às custas de equipas como o Benfica ou o Villarreal. E tinha conseguido aguentar-se no Vélodrome no jogo da primeira mão (empate 1-1), mantendo-se vivo para esta viagem a Itália. Só que a Atalanta, que deixara pelo caminho Sporting e Liverpool nas rondas anteriores, não se deixou apanhar pela resistência passiva dos marselheses.

Essa resistência durou meia-hora, até ao golo de Lookman, num remate que bateu num homem do Marselha e enganou o guardião Pau López. Depois, na segunda parte, um momento de grande espectáculo de Ruggeri a dar o 2-0 à Atalanta – recebeu a bola de Lookmaan, dominou com o pé esquerdo e disparou com o direito à entrada da área. Touré encarregou-se de fazer o 3-0 já na compensação para confirmar o óbvio, a inédita qualificação da Atalanta para uma final europeia.

Olympiacos eliminou o sobrevivente inglês

Coisa rara e inesperada. Nenhuma das três finais europeias terá uma equipa inglesa. De Liga dos Campeões e Liga Europa, já sabíamos que não haveria nenhum representante da Premier League desde as meias-finais, na Liga Conferência, o Aston Villa teve o mesmo destino, eliminado após mais uma derrota, desta vez no Pireu, por 2-0 frente ao Olympiacos. Na sua estreia em finais europeias, que acontecerá em Atenas, os gregos terão pela frente a Fiorentina, que já tinha afastado nesta quarta-feira o Club Brugge por 4-3 no conjunto das duas mãos.

Depois da surpresa em Birmingham na primeira mão que foi o triunfo por 2-4, o Olympiacos voltou a saber o que fazer perante a formação orientada por Unai Emery, quarta classificada da Premier League. Com uma boa dose de portugueses a jogar de início (David Carmo, Daniel Podence e Chiquinho, mais André Horta a entrar na segunda parte), a formação grega quase que sentenciou a eliminatória logo aos 10’, com um golo de El-Kaabi. Já na segunda parte, o ponta-de-lança marroquino elevou a festa grega com novo golo aos 77’, desta vez com o lançamento longo do guarda-redes Tzolakis.

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