O Ministério Público de Setúbal avançou com a acusação do condutor do veículo envolvido no acidente que vitimou a cantora Claudisabel pelos crimes de homicídio por negligência e condução sob o efeito de álcool.
O acusado, um homem de 50 anos, apresentava uma taxa de álcool no sangue de 1,95 g/l, o que, só por si, é considerado crime e punível com pena de prisão até um ano, além de coima. No entanto, a investigação terá determinado existirem indícios de que foi a condução do acusado, descuidada e que não respeitou a distância de segurança, que resultou na morte da artista, o que levou a uma acusação de homicídio por negligência.
O acidente deu-se entre os dois veículos ligeiros na Auto-estrada 2 (A2), junto a Alcácer do Sal, na madrugada de 19 de Dezembro de 2022, tendo o carro em que seguia a artista capotado, obrigando ao seu desencarceramento. O óbito da artista, que terá tido morte imediata, foi declarado no local pelo médico da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém.
Claudisabel era o nome artístico de Cláudia Isabel Leiria Madeira (n.1976, Faro), reconhecida como cantora de música popular portuguesa, carreira que iniciou com apenas 13 anos, com o lançamento do seu primeiro álbum, Dizias Tu, Pensava Eu. Um dos seus maiores sucessos data de 1999, quando lançou Preciso de um Herói, tendo participado no Festival RTP da Canção 2010.