Imagem de satélite mostra devastação das cheias no Brasil

As inundações no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, causaram a morte a mais de 80 pessoas. Há dezenas de pessoas feridas e desaparecidas, e mais de 120 mil pessoas estão desalojadas.

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Imagem de satélite mostra zonas inundadas em redor de Porto Alegre, no Brasil PROGRAMA COPÉRNICO DA UNIÃO EUROPEIA/SENTINELA-2
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A quantidade de água das cheias devastadoras que estão a afectar o sul do Brasil é visível numa imagem de satélite divulgada nesta terça-feira pelo programa de observação da Terra da União Europeia, o Copérnico. Segundo este programa, a imagem tirada a 6 de Maio pelo satélite Sentinela-2 mostra as zonas inundadas em torno de Porto Alegre.

As inundações no estado brasileiro do Rio Grande do Sul causaram a morte a mais de 80 pessoas, havendo ainda dezenas de pessoas feridas e desaparecidas. Mais de 120 mil pessoas estão desalojadas.

Segundo as informações divulgadas pela Defesa Civil do Rio Grande do sul, citadas pela Lusa, as inundações afectaram mais de 850 mil pessoas que vivem em 345 dos 496 municípios do estado que, segundo as autoridades locais, registaram algum tipo de problema causado pela chuva desde o início da semana passada.

Uma rua inundada é fotografada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Pessoas caminham através das águas das cheias em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Uma vista de drone mostra casas na área inundada junto ao rio Taquari durante fortes chuvas na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul, Brasil, 1 de Maio de 2024 REUTERS/Diego Vara
Equipas de salvamento retiram pessoas afectadas pelas cheias em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Renan Mattos
Equipas de salvamento retiram uma vítima das cheias em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Renan Mattos
Lama rodeia uma casa numa quinta destruída pelas correntes das cheias repentinas causadas por fortes chuvas em Jacarezinho, estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Diego Vara
Pessoas caminham através das águas das cheias em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Pessoas são resgatadas após inundações em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Pessoas são resgatadas após inundações em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Um homem caminha numa rua inundada no centro da cidade depois de as pessoas terem sido evacuadas em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Renan Mattos
Pessoas são resgatadas após inundações em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Pessoas são resgatadas após inundações em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Julio Manichesque, 76 anos, está no telhado da sua casa após as inundações em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024. REUTERS/Amanda Perobelli
Pessoas são resgatadas por moradores após as inundações em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Pessoas são resgatadas por moradores após as inundações em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Amanda Perobelli
Pessoas reagem depois de serem resgatadas de uma inundação em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Brasil, 4 de Maio de 2024 REUTERS/Renan Mattos
O exército brasileiro carrega uma mulher depois de ter sido resgatada das inundações em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Brasil, 4 de Maio de 2024 REUTERS/Renan Mattos
Um trabalhador de resgate carrega um menino depois de ter sido resgatado das inundações em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Brasil, 4 de Maio de 2024 REUTERS/Renan Mattos
Vista de uma igreja depois de ter sido inundada em Roca Sales, no Rio Grande do Sul, Brasil, 4 de Maio de 2024 REUTERS/Diego Vara
Pessoas atravessam uma estrada destruída durante as cheias em Roca Sales, no Rio Grande do Sul, Brasil, 4 de Maio de 2024 REUTERS/Diego Vara
Uma vista de drone mostra veículos na área afectada pelas cheias, em Encantado, estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 3 de Maio de 2024 REUTERS/Diego Vara
Uma mulher tenta chegar à sua casa afectada pelas cheias em Encantado, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 3 de Maio de 2024 REUTERS/Diego Vara
Pessoas caminham sobre um telhado numa área inundada junto ao rio Taquari durante fortes chuvas em Encantado, estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 2 de Maio de 2024 REUTERS/Diego Vara
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Uma rua inundada é fotografada em Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, 5 de Maio de 2024 REUTERS/Amanda Perobelli

As inundações destruíram estradas e pontes em várias regiões do estado. A tempestade também provocou deslizamentos de terra e o colapso parcial de uma barragem de uma pequena central hidroeléctrica. O governo regional do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade, situação reconhecida pelo Governo central. Segundos os meios de comunicação brasileiros, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, recomendou aos moradores dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus que deixem a região. O aviso foi feito na tarde de segunda-feira, após a água começar a subir no local.

O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, viajou no domingo ao Rio Grande do Sul, a sua segunda visita à região desde o início das cheias, acompanhado da maior parte do Governo (incluindo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva) e prometeu que não haverá entraves burocráticos ao envio de ajuda.

Este estado brasileiro tem uma população de 11 milhões de pessoas e tem sido afectado por eventos meteorológicos extremos, que são amplificados pelas alterações climáticas e pelo fenómeno climático El Niño.