Arquitectos mostram as três obras portuguesas no Mies van der Rohe 2024
As visitas guiadas gratuitas, lideradas por arquitectos, dão a conhecer as obras seleccionadas para um dos mais importantes prémios de arquitectura contemporânea na Europa.
O Caminho das Escadinhas, em Matosinhos, o Edifício General Silveira, no Porto, e a Praça e Posto de Turismo, em Piódão, vão ser percorridas em visitas guiadas gratuitas e abertas ao público, sem necessidade de inscrição. Das três obras portuguesas, a Praça e Posto de Turismo de Piódão foi finalista do Prémio Europeu de Arquitetura EU Mies Award. O Caminho das Escadinhas e o Edifício General Silveira ficaram pela fase de selecção da edição deste ano dos prémios de arquitectura contemporânea da União Europeia e da Fundação Mies van der Rohe.
A visita ao Caminho das Escadinhas, em Matosinhos, está marcada para sábado, 4 de Maio, às 11h. Paulo Moreira, o arquitecto que partilha a autoria do projecto com o artista Verkron, vai apontar os detalhes do trabalho numa caminhada entre a encosta do bairro do Monte Xisto e a margem do Rio Leça.
No mesmo dia, às 15h, 16h e 17h, o edifício General Silveira, no Porto, vai abrir as portas às primeiras 15 pessoas que marquem presença em cada sessão. Os arquitectos Tiago Antero e Vitor Preto Fernandes, e ainda o dono do edifício de habitação e comércio, mostram a obra.
A 1 de Junho, pelas 15h, Paula del Rio e João Branco orientam a visita à Praça e ao Posto de Turismo de Piódão, seguida de uma conversa sobre o projecto que entrou na lista dos sete finalistas. O evento encerra com um “convite à celebração da arquitectura e vivência daquele espaço público, com música por Nuno Grande, até ao pôr do Sol”, lê-se na nota.
As três obras estão incluídas num conjunto de 40 seleccionadas, entre 362 nomeadas, localizadas em mais de 30 cidades da Europa e que vão ser objecto do programa “Out & About. Discovering Architecture. EUmies Awards 2024”, durante dois meses (22 de Abril a 23 de Junho). Dar a conhecer mais sobre os edifícios e os espaços públicos com os próprios autores, donos de obra e outras pessoas ou entidades envolvidas é o objectivo da iniciativa.
Este ano, o Pavilhão de estudos no campus da Universidade Técnica de Braunschweig, em Berlim, de Gustav Düsing e Büro Hacke, venceu o prémio de arquitectura. Já na categoria de arquitectura emergente, venceu a Biblioteca Gabriel García Márquez, em Barcelona, de SUMA Arquitectura.
A cerimónia de entrega dos prémios vai ter lugar a 14 de Maio, no Pavilhão Mies van der Rohe, em Barcelona. Na primeira edição do galardão da Comunidade Europeia para a Arquitectura Contemporânea, em 1988, o banco em Vila do Conde, desenhado por Álvaro Siza Vieira, sagrou-se vencedor. A partir de então, obras de arquitectos portugueses têm integrado a lista dos seleccionados.
Texto editado por Renata Monteiro