Instituições de ensino voltam a reforçar oferta para executivos

Há quase 1300 cursos na lista da oferta formativa na área da gestão e dos negócios compilada pelo PÚBLICO: dos mestrados às pós-graduações, passando pelos MBA, as “estrelas” das escolas.

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Dos 1276 cursos elencados na lista compilada pelo PÚBLICO, 40% corresponde a pós-graduações Maria Abranches/Arquivo Público
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Nunca tinha havido tantos cursos compilados na lista relativa à oferta das instituições de ensino superior na área da gestão e dos negócios que, periodicamente, o PÚBLICO divulga. Na edição do caderno Especial Executivos publicada esta quinta-feira, 2 de Maio, há quase 1300 entradas. O crescimento é mais expressivo nos cursos executivos e pós-graduações.

Ao todo, são elencados 1276 cursos, o que representa um crescimento de 2,3% face à edição anterior, de Setembro de 2023 – e de 5% em relação à lista publicada há cerca de um ano. Em 2019, não chegavam a 800 os cursos elencados nesta base de dados construída a partir de informação disponibilizada pelas próprias instituições de ensino superior.

Constam desta lista 42 universidades e politécnicos (14 das quais da rede privada). Há menos uma do que na última edição, uma vez que o Instituto Politécnico da Guarda não respondeu aos contactos feitos nas últimas semanas. Nas edições anteriores, esta instituição apresentou entre quatro e seis cursos, pelo que a sua ausência não tem um efeito expressivo nas comparações que são apresentadas.

Tal como vem sendo habitual, a maioria da oferta formativa para executivos oferecida pelas instituições nacionais diz respeito a cursos de pós-graduação, que têm diferentes modalidades, podendo durar entre 30 horas e um ano. Os preços também variam entre os 100 euros necessários para frequentar a pós-graduação em Crowdfounding da Porto Executive Academy do Politécnico do Porto e os mais de 14 mil euros que custa o Programa de Direcção de Empresas da AESE Business School.

São, desta feita, 509 as pós-graduações apresentadas, o que representa um aumento de 9,7% face à edição de Setembro. O tipo de cursos cuja oferta mais cresceu no último semestre são os cursos executivos (27%). São disponibilizados 254.

Pós-graduações e cursos executivos, bem como diversos tipos de formação que o PÚBLICO agrupa debaixo da categoria “outros cursos”, não passam pelo crivo da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), ainda que dêem direito a diploma com o selo de uma universidade ou instituto politécnico. Não existe, por isso, uma base de dados unificada desta oferta formativa.

Neste suplemento são também enumerados mestrados e doutoramentos, que conferem formalmente um grau de ensino superior. Estes, sim, têm de cumprir os critérios – como a formação e dimensão do corpo docente ou a qualidade das instalações – que são verificados pela A3ES.

O número de doutoramentos nas áreas de economia e gestão permanece estável (são elencados 35). Já o número de mestrados aumentou 7,4% face à última edição. São agora 348. Nesta lista não são incluídas licenciaturas.

Há ainda 22 masters of business administration (MBA), menos sete do que na anterior edição deste suplemento. Não houve mexidas na oferta das principais escolas de negócios. Os preços cobrados também se mantêm genericamente estáveis.

Em média, um MBA custa cerca de 12 mil euros, mas há oito destes cursos – os que são ministrados nas escolas de negócios mais bem cotadas em termos internacionais – que custam mais de 20 mil euros.

Os MBA são a oferta-estrela nesta área de ensino, com preços que vão dos 1000 euros cobrados pela Coimbra Business School (do Instituto Politécnico de Coimbra) por um MBA em Auditoria Interna, um curso de 40 horas, e os 38 mil euros que é necessário desembolsar para fazer o The Lisbon MBA International, uma formação de um ano, dividida entre Lisboa e Boston (EUA), fruto de uma parceria entre a Católica Lisbon School of Business and Economics, a Nova School of Business and Economics e a Sloan School of Management do MIT (EUA).

Depois de anos de crescimento, acelerado pela pandemia de covid-19, a oferta de cursos ministrados online não aumenta nesta edição: são os mesmos 197 que já tinham sido elencados em Setembro do ano passado. Há, no entanto, um ligeiro aumento (de 90 para 100 cursos) em formato b-learning – ou blended-learning, designação em inglês que faz referência ao cruzamento de ambientes digitais e físicos nos programas formativos.

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