O drástico Lopes-Graça e um anódino Requiem pelas vítimas do Fascismo em Portugal

O programa com que a Orquestra Sinfónica Portuguesa celebrou os 50 anos do 25 de Abril mostrou-se pouco imaginativo e incapaz de propor os diálogos que Fernando Lopes-Graça apreciaria.

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Antonio Pirolli dirigiu a obra com segurança, mas demonstrando pouca afinidade com a obra de Fernando Lopes-Graça SUSANA CHICÓ
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“É a grande obra do século, na música portuguesa!”, vaticinou o poeta José Gomes Ferreira depois de ouvir o Requiem pelas vítimas do Fascismo em Portugal de Fernando Lopes-Graça (1906-1994), fazendo fé na crítica de Mário Vieira de Carvalho no Diário de Lisboa aquando da sua estreia a 27 de Julho de 1981. No passado domingo, no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, tivemos oportunidade de ouvir (alguns, como o autor que vos escreve, pela primeira vez) nova interpretação do Requiem pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e pelo Coro do São Carlos, inserida no programa de comemorações oficiais dos 50 anos da Revolução dos Cravos — flores que aliás se viram entre a plateia e o palco.

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