A Mala Voadora escreve o guião para a revolução (que aconteceu)

25 de Abril de 1974 é a realidade manipulada pela ficção, a partir de arquivo respeitante ao Estado Novo. Esta sexta-feira e sábado no MAAT, em Lisboa, depois em digressão nacional.

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Em 25 de Abril de 1974, a Mala Voadora parte de imagens de arquivo Horácio Novais/cortesia mala voadora
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Botes de borracha avançam pela água, aproximam-se da margem e os militares portugueses que viajam lá dentro saltam para terra, dirigem-se à câmara e deixam mensagens de Natal dirigidas à família. Numa destas sequências, e devido às ordens que receberam para saltar do barco ainda em movimento, um dos soldados tropeça, cai na água, tenta recuperar a dignidade como lhe é possível e prossegue com o guião. Mas a voz que ouvimos, ordenando que a saída se fizesse antes de o barco parar, pertence ao actor José Neves. É alguém, hoje, que fala por cima das imagens, como se elas obedecessem à sua voz, dando instruções a imagens gravadas durante o período da Guerra Colonial e ao longo do 25 de Abril de 1974.

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