Memória breve das muitas memórias de Eugénio Lisboa
Foi nos sete volumes de memórias e nos diários que Eugénio Lisboa (1930-2024) percorreu com paixão e pormenor a sua vida.
Entre os amigos, davam-no por eterno. E nada nele o desmentia: o labor constante, o porte (nunca o vimos curvado), a voz jovialíssima, a memória sem desgastes visíveis. Até que, repartido entre o mundo dos vivos e o mundo dos livros, uns parcos quinze dias bastaram para o tirar do primeiro, deixando-nos como legado, no segundo, os passos da sua vida, memórias e sentimentos. Ensaísta, crítico literário, cronista, poeta, memorialista, diarista (assim o designou Teresa Martins Marques), Eugénio Lisboa morreu na madrugada de 9 de Abril, a 46 dias de completar 94 anos (nasceu em 25 de Maio de 1930 na antiga Lourenço Marques, hoje Maputo, em Moçambique).
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.