Porto: os “esquecidos” de Noêda já não embarcam na “promessa” do TGV
Zona rural de Campanhã pode transformar-se à boleia da alta velocidade. Haverá expropriações e alguns moradores podem ser realocados, mas ainda reina a incerteza. Em Noêda, só se pede que não piore
Glória Saldanha sabe tudo sobre o quotidiano de Noêda e das suas gentes. Conhece os feitios e defeitos dos vizinhos, datas de aniversário, dificuldades e amarguras de cada morada. Conhece, também, as promessas de políticos que por ali passam em épocas de eleições e se esquecem do caminho pouco depois. Talvez por isso, já não se encanta nem assusta com anúncios de mudança. A chegada da alta velocidade ferroviária a Campanhã, e a consequente transformação da zona de Noêda, não é assunto para a moradora de 86 anos: “Já não acredito em nada. Se soubesse as promessas que já ouvi…”
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.