Pinto da Costa: “Fernando Gomes foi o bombo da festa”

Candidato esteve esta sexta-feira na Maia, numa sessão de perguntas e respostas com sócios.

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Pinto da Costa interrompe a campanha no sábado José Sérgio
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Com a rápida aproximação das eleições no FC Porto, as campanhas eleitorais entram em velocidade cruzeiro. Ao final da tarde desta sexta-feira, foi vez de Pinto da Costa fazer o curto trajecto até à Maia para ouvir os sócios da cidade que albergará a academia idealizada pelo presidente portista. No auditório da Universidade da Maia, o candidato relembrou a história da candidatura em 1982, sem esquecer os acutilantes golpes ao principal adversário, André Villas-Boas.

“Pensei que o meu destino seria de dois anos – duração dos mandatos na altura –, mas já vai em 42. Quando pensei que tinha terminado a minha missão, tive de mudar de ideias. Quando vi a apresentação da candidatura de Villas-Boas, ao olhar para aquela primeira fila e vendo os inimigos do FC Porto, tive a impressão que era uma sessão para uma OPA ao clube. Sei dos interesses que eles têm – os televisivos, para o bem deles e não do clube –, sei que pretendem fazer o que fizeram com o Sp, Braga, arranjar uns árabes para comprar o clube”, acusou.

José Pereira da Costa, candidato da lista de André Villas-Boas à administração financeira e antigo responsável da NOS, terá sido apenas sócio correspondente do clube até ao final de 2023, não possuindo os 12 meses de sócio efectivo. Questionado por um sócio sobre esta situação, Pinto da Costa confirmou.

“Esse senhor foi funcionário da Olivedesportos, que o colocou na NOS para assegurar que o FC Porto continuasse a dar os direitos. Não o fizemos porque a proposta que a NOS fez foi de 320 milhões por dez anos e a MEO deu 450. Não houve discussão! A partir desse momento, entraram em guerra connosco. Esse senhor era para ser dirigente do FC Porto. Só que só é sócio efectivo do clube desde Novembro de 2023, ainda não tem meio ano de sócio. Nem sequer vai poder votar”, disparou o histórico dirigente.

Dada a localização do evento desta sexta-feira, a nova academia do FC Porto recentemente apresentada por Pinto da Costa enquanto presidente foi ponto de destaque no discurso de abertura da reunião do candidato. A alternativa apresentada por André Villas-Boas no Olival é inviável, reforça, mencionando a urgência do FC Porto no uso desta infra-estrutura.

“Disseram que a formação podia esperar 15 anos. Não, nem mais um dia. Por isso, com toda a lisura e empenho nosso, a confiança que os responsáveis da Câmara da Maia tiveram, vamos fazer o nosso centro de estágio aqui nesta cidade”, prometeu, repetindo que as máquinas estão no terreno “a trabalhar”.

"Continuar com Sérgio Conceição"

Na recta final da sessão de perguntas e respostas, um dos associados colocou a dúvida sobre a continuidade de Sérgio Conceição. Apesar de ter já manifestado vontade que Conceição continue, Pinto da Costa está a pensar na renovação? O candidato foi sucinto e directo ao assunto: “Se for eleito, quero continuar com o Sérgio Conceição.”

Dizendo que João Rafael Koehler, candidato a vice-presidente pela lista de Pinto da Costa, foi alvo de ataques desde que aceitou o convite do dirigente, o candidato relembrou Fernando Gomes, administrador financeiro que deixará a pasta das finanças.

“Fernando Gomes foi criticado de forma reles, mas a partir do momento em que se soube que ia sair, deixou de ser. Qualquer dia vai ser santificado”, ironizou, chegando a dizer que o administrador foi por muitas vezes “o bombo da festa” dos inimigos do FC Porto.

Pinto da Costa interrompe a campanha eleitoral este sábado, dia em que os “dragões” recebem o Famalicão. No domingo, contudo, será um dia de azáfama: o candidato visitará as casas em Argoncilhe, Seia e Viseu.

As eleições do FC Porto estão marcadas para 27 de Abril. Pinto da Costa tenta chegar ao 16.º mandato na presidência do clube, mas enfrenta a concorrência feroz de André Villas-Boas. O empresário Nuno Lobo volta a candidatar-se, depois de já ter sido candidato em 2020.

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