João Só e bem acompanhado no Coliseu, com Rui Veloso, Miguel Araújo e Quatro e Meia

A celebrar 15 anos de carreira e vários discos, João Só estreia-se a solo e em boas companhias no Coliseu de Lisboa. Este sábado, com Rui Veloso, Miguel Araújo e Quatro e Meia.

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João Só ANA MARQUES
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Já ali assistiu a muitos concertos de que guarda memórias felizes e também já pisou aquele palco como participante e convidado em concertos de outros músicos. Mas agora é em nome próprio que João Só sobe este sábado ao palco do Coliseu dos Recreios de Lisboa, às 21h30, para uma noite de rock com amigos que são convidados de luxo: Rui Veloso, Miguel Araújo e os Quatro e Meia.

Com um disco bem recente, Eu não sou daqui, lançado em 5 de Março deste ano com três canções, João Só estreou-se com o álbum João Só e Abandonados (2009), a que se seguiram Próxima Estação (2013), Até Que a Morte nos Separe (2015), O Bom Rebelde (2018) e Nada é Pequeno no Amor (2021), cinco álbuns ao todo, a que se juntaram em 2022 um EP com seis temas (E Não Só) e vários singles lançados em 2023: O teu refrão, Eu chorei, Hoje não e Qualquer dia queres voltar.

Como vai ser o concerto do Coliseu? “Vai ser grande”, diz João Só ao PÚBLICO. “Vai ser um concerto de carreira, uma viagem no tempo que irá buscar músicas a todos os discos. É capaz de chegar às duas horas. Na bateria vou ter o Sérgio Nascimento, no baixo o Nuno Simões, que é a secção rítmica que já está comigo há muito tempo. Nas guitarras, tenho o Francisco Sales e o Manuel Guerra, e nas teclas tenho o Manuel Lima. Tudo veteranos. O Simões e o Serginho tocam com o David Fonseca há muito tempo, o Serginho também com Os Humanos, Sérgio Godinho, etc.; o Daniel toca comigo há muito tempo, e com os HMB; o Manuel é artista a solo; e o Sales também é guitarrista free-lancer, toca muito comigo e também com a Cuca Roseta à volta do mundo.”

Nos convidados, diz João Só, vão estar “três gerações diferentes: os Quatro e Meia, o Miguel Araújo e o Rui Veloso. Nem os sinto como convidados, embora sejam convidados de luxo, de facto. Mas são convidados que frequentam a minha casa, a minha mesa e são um grupo de amigos que me orgulho de ter comigo nesta noite especial.” Vão cantar em duetos e também em temas próprios.

João Só tem dito que viveu no Coliseu algumas das noites mais felizes da sua vida. E confirma: “Já lá participei com artistas como o Rui Veloso, o Miguel Araújo e os Quatro e Meia [os convidados do actual concerto] e já lá vi concertos incríveis como o B.B. King com o Rui Veloso ou os Arctic Monkeys, numa altura em que eu estava a dar os meus primeiros passos como músicos. Fui com um primo meu e saí de lá completamente esgazeado, a pensar que era mesmo aquilo que gostava de fazer. Esse foi muito o meu mote para os meus primeiros discos, porque me transmitiu uma energia rock’n’roll e clássica ao mesmo tempo. É uma sala que sempre me deu um conforto grande.”

Estrear-se agora a solo no Coliseu dos Recreios é, para João Só, a prova maior desse conforto: “Já era para ter feito o Coliseu quando foi dos 10 anos, não fizemos, depois meteu-se a pandemia e achou-se que agora era uma data redonda para fazer este concerto. E achei graça à ideia de que os meus filhos, os mais velhos, já terem idade para irem ao concerto e aproveitarem. Vai ser um concerto honesto, não que os concertos com grandes máquinas e grande produção sejam desonestos, mas será sobretudo com canções, guitarras altas, muitos amigos em palco e algumas surpresas.”

Há ainda outra razão, diz o músico, para que este concerto seja marcante. “O mês de Abril é um mês simbólico para mim. Foi o mês em que comecei a namorar com a minha mulher e são os dez anos do meu casamento. Bate tudo certo, parece que tudo se alinhou para este concerto se realizar agora. Não sou saudosista, mas estou meio nostálgico. Para fazer esta coisa bem feita.”

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