Já não há vergonha na pop de Joana Espadinha

Numa colaboração com António Vasconcelos Dias, a cantautora faz de Vergonha na Cara um álbum de lado A mais radioso e lado B aberto aos tons mais introspectivos que tinham ficado pelo caminho.

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Vergonha na Cara é o quarto álbum de Joana Espadinha Joana Linda

Ninguém nos Vai Tirar o Sol, de 2021, era um álbum com uma fina camada soul e à sombra dos anos 90. Os anos 90 em que a adolescência de Joana Espadinha, a caminho de se formar como cantora de jazz, tinha também por banda sonora uma pop a dar-se ares de rebeldia alternativa (Alanis Morissette) ou de folk (Sheryl Crow). Era Joana Espadinha na consumação da sua vida pop iniciada em O Material Tem Sempre Razão (2018), embora essa sombra, assumia então ao Ípsilon, estivesse lá. Agora, ao quarto álbum, Vergonha na Cara, há um maior recuo cronológico. Até aos anos 70, até ao folk-rock dos Fleetwood Mac, até uma melancolia de baladas com fraquinho pelo épico, até uma clara divisão ao meio de um disco pensado como os lados A e B de uma rodela de vinil.

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