Leituras
Um soneto de Eugénio Lisboa (1930- 2024) no dia da sua partida
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Esta terça-feira morreu, aos 93 anos, o poeta Eugénio Lisboa. A jornalista Joana Amaral Cardoso assina o obituário. Nuno Pacheco, em várias das suas crónicas, falou da obra do ensaísta e crítico literário, considerado o maior especialista português em José Régio.
A editora Guerra & Paz, num email enviado hoje à imprensa, divulga o soneto que o poeta lhes deixou há uns dias intitulado Perder um Amigo : «Quando nos morre um velho amigo, / seja ele um ser humano ou um bicho, / é como sairmos de um bom abrigo, / entregues apenas a um capricho.»
Nesta editora, Eugénio Lisboa publicou este mês Soneto – Modo de Usar.
No prefácio deste livro, escrevia: "A pandemia, a guerra e a minha idade confinaram‑me muito num espaço reduzido, obrigando-me a inventar recursos de entretenimento, que pudessem ter também outros usos. Passados os noventa, não faz sentido embarcar em projectos de longo curso. O soneto não é um projecto de longo curso, embora possa sê-lo de longo alcance e de produtiva dificuldade. Com ele, tenho revisitado descobertas e emoções de um tempo não perdido. A dificuldade aguça o engenho, e o meu bem precisava de ser afiado."
POESIA
Soneto - Modo de Usar
Autoria: Eugénio Lisboa
Editora: Guerra & Paz
166 págs; 15€
Já nas livrarias
COMPRAR
No sábado passado morreu Ziraldo. O obituário do nome maior da literatura infantil brasileira, criador de O Menino Maluquinho, pode ser lido no Leituras.
Também nesta terça-feira foram anunciados os finalistas do Prémio Booker Internacional e o brasileiro Itamar Vieira continua na corrida. Entre os finalistas há dois romances que serão editados em Portugal pela Dom Quixote. Ler na íntegra.
Pedro Passos Coelho apresentou na segunda-feira, ao final da tarde, o livro Identidade e Família, promovido pelo movimento cívico Acção Ética. Leia mais sobre o assunto neste texto de Sofia Rodrigues que esteve também na sessão de apresentação.
Com Jorge de Sena, a comemorar os 500 anos do nascimento de Camões :A Guerra & Paz publica quatro livros que reúnem a obra do autor de Os Lusíadas acompanhada pelas análises do académico que tanto o estudou e desvendou. Ler no Leituras.
Nas livrarias nesta semana
NÃO-FICÇÃO
"Nós, os seres humanos, gostamos de jogar ao ‘faz de conta’, preferimos manter uma distância saudável da realidade. Sabemos perfeitamente que a Terra é redonda, mas, em vez de nos curvarmos, andamos de costas direitas como se ela fosse plana. Vivemos como se não viéssemos nunca a morrer, apesar de sabermos que isso não é verdade. Brincamos à paz no meio da guerra", escreve o alemão Wladimir Kaminer — que nasceu e cresceu na URSS, vive há décadas em Berlim — neste livro que investiga o "estranho poder de sedução" das ditaduras. Ricardo Araújo Pereira apresenta este livro hoje na Escola Alemã de Lisboa, às 18h30, com a presença do autor. Amanhã, às 19h, Wladimir Kaminer conversa com Aurora Rodrigues, Irene Pimentel e Leonor Rosas (moderados por Joana Manuel) no Goethe-Institut em Lisboa.
NÃO-FICÇÃO
Tortura Branca - Testemunhos de prisioneiras políticas iranianas
Autoria: Narges Mohammadi
Tradução de Isabel Predome
Editora: Casa das Letras
256 págs; 16,90€
Hoje nas livrarias
"Tortura Branca é uma colecção de doze entrevistas que a activista Narges Mohammadi realizou a outras mulheres, embora a sua própria situação fosse de grande sofrimento. Desde as eleições presidenciais de 2009, Narges tem sido repetidamente presa devido às suas actividades como vice-presidente e porta-voz do Centro de Defesa dos Direitos Humanos", lê-se no prefácio de Shirin Ebadi a este livro da iraniana Prémio Nobel da Paz em 2023. As conversas foram realizadas enquanto todas as mulheres estavam presas ou a aguardar julgamento na prisão.
No Ípsilon, além da adaptação ao teatro de Fado Alexandrino; há uma reflexão sobre a literatura portuguesa feita nos últimos 50 anos e sobre o que ela diz sobre o país. O dossier é assinado por Isabel Lucas.
Mário Santos escreve sobre Shy, de Max Porter. António Rodrigues entrevista João Paulo Borges Coelho.
Carta aberta sobre o recurso à inteligência artificial no mercado editorial : Uma palavra dos escritores, tradutores, editores, revisores, críticos e livreiros dirigida ao Ministério da Cultura e ao público geral. Leiam no Leituras.
O músico António Norton decidiu homenagear o seu avô António Gedeão com um disco que nos traz em canções a poesia de ambos. Reencontro foi lançado na sexta-feira. Texto de Nuno Pacheco.
Esta noite, no Encontro de Leituras
O Encontro de Leituras recebe o sociólogo, professor e escritor brasileiro José Henrique Bortoluci. É o autor de O Que é Meu, publicado no Brasil em 2023, pela Fósforo, e em Portugal em Fevereiro de 2024, pela Companhia das Letras. Aberto a todos os que queiram participar. A ID é a 821 5605 8496 e a senha de acesso 719623. Entre na reunião Zoom através do link.
Dia: 9 de Abril, terça-feira
Hora: às 22h de Portugal (18h no Brasil)
Evento online e gratuito, via Zoom
Em breve vamos publicar o podcast com a sessão de Tati Bernardi.
Até já.